SóProvas


ID
31384
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens que se seguem, relativos ao impacto das duas guerras mundiais na economia brasileira.

No Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial, a introdução de uma política de câmbio flexível e a suspensão de qualquer controle de importação provocaram significativa desvalorização cambial da moeda nacional.

Alternativas
Comentários
  • Durante a 2a Guerra Mundial, a queda drástica das importações e o incremento das exportações causaram um aumento nas reservas cambias do pais, de US$74 milhões no inicio da guerra, para US$708 milhões em 1945. Em fevereiro de 1945 o governo criou um regime cambial sem restrições, exceto por limitações quanto a remessa de lucros. As importações não sofreram restrições quantitativas e a moeda estrangeira estava livremente disponível para a maioria das transações de capital. A moeda brasileira foi mantida com o mesmo valor do período anterior a guerra e não mudou até 1953, enquanto os preços subiram 285% de 1945 a 1953. Em 1945 a taxa de cambio havia sido super valorizada em relação ao dólar, visto que durante o período de 1937-1945 os preços no Brasil haviam aumentado 80% mais que nos EUA. A continua super valorização da moeda brasileira pode ser atribuída a várias metas políticas governamentais. Em 1º lugar os formadores da política econômica estavam ansiosos em gastar as reservas cambiais acumuladas durante a guerra a fim de atender a demanda reprimida por importações. Em 2º, visto que a inflação era uma preocupação primordial, foi considerada justificada a existência de um déficit no balanço de pagamentos financiados por reservas cambiais passadas a fim de manter os preços baixos. Havia também o receio de impacto inflacionario adicional causado pela desvalorização. Porém dentro de 1 ano do Governo Dutra as reservas acumuladas durante o período de guerra havia desaparecido, resultado da febre de importação. Logo durante a 2a guerra, não houve desvalorização cambial, e a política cambial durante o período não era flexível. Referencia: BAER, Werner. A Economia Brasileira. 4 ed. São Paulo: Nobel, 199
  • Entre abr-1939 e jan-1946, o Brasil trabalha com um câmbio composto por três taxas de câmbio, o que configura, claramente, uma forma de controle cambial. A questão está errada, porque havia, sim, um controle de importação via controle cambial: taxas de câmbio diferentes priorizavam seletivamente produtos importados diferentes.


    Pode-se dizer, contudo, que, entre 1939-46, houve, sim, certa flexibilização do controle cambial (quando comparado ao período anterior), pois, após as negociações da Missão Aranha (fev-1939), o Brasil institui um regime de relativa liberdade cambial por meio do Decreto-Lei 1201 (abr-1939), que acaba com o monopólio cambial do Bando do Brasil e instaura o “controle de câmbio por cooperação”, com três taxas de câmbio (oficial, livre e livre-especial), as quais permanecerão praticamente inalteradas até o início do governo Dutra.

  • Câmbio flexível só foi adotado no Brasil no governo FHC

    "inicialmente, gostaria de comentar sobre o contexto externo. Desde sua introdução em 1999" http://www.bcb.gov.br/Pec/ApPron/Apres/10AnosDeCambioFlutuantevf.pdf