O Reforço é negativo por conta da RETIRADA de suas tarefas domésticas.
Seria positivo, se por exemplo ela (mãe) o recompensasse com uma caixa de chocolate, ou algo assim...
Há também o fator da ESQUIVA, pois tirar notas boas lhe reduzirão as atividades domésticas (ou seja, consequência reforçadora negativa > tirar notas boas = evitar atividades domésticas )
BIZU: lembrar sempre que na maioria das vezes quando se fala de NEGATIVO, provavelmente irá se referir à retirada de algo. e quando POSITIVO poderá se referir a algo acrescentado, dado, apresentado... (levando-se em conta uma abordagem behaviorista)
Em se tratando de ciência, para essas dimensões, positivo e negativo tem sentido de apresentar e retirar. Cometer esse erro não é aceitável. Nesse caso, o argumento de reparar e confundir a análise da condição reforçadora da mãe com qualquer uma ou outra "recompensa positiva" é equivocado. Não houve qualquer recompensa positiva que possa ser observada através da questão, apenas recompensa negativa reforçadora; a de dispensar (retirar) uma tarefa do menino.
Considerar "notas boas" um reforçador positivo PARA ELE também está descartado nesse modelo, pois isso só seria observável se ele não precisasse de algum outro estímulo diferencial apresentado ou retirado para tal. Então "obter notas boas" é uma resposta do menino para obter algum outro reforçador que não esteja nas próprias notas.
Todos os comportamentos controlados por reforçamento negativo e punição (negativa/ positiva) podem condicionar respostas de evitação, esquiva ou fuga a certos estímulos diretamente ligados à razão desse comportamento. Isto é, todo comportamento gerado por controle coercitivo implica a possibilidade de esquiva, evitação ou fuga de algum estímulo. O único comportamento de controle não-coercitivo é aquele que é controlado por reforçamento positivo.
O menino se esquivou das tarefas domésticas, passando a tirar notas melhores. Assim, como recompensa, foi retirado dele esse estímulo que lhe era aversivo (a provável enfadonha experiência da tarefa doméstica). Dizer que ela, a tarefa, seja enfadonha, ainda é mera subjetividade de quem esteja analisando. Até que a probabilidade seja confirmada na resposta, analisamos apenas hipóteses. Isso, em terapia, é importante conceito de observação; o que suspende qualquer julgamento sobre o que é ou não reforçador para o organismo até que se prove de fato. Só passamos a entender como significativamente aversivo ou reforçador um estímulo em relação a outro quando obserdas as repostas. A resposta do menino em passar a tirar boas notas mostra que essa experiência é menos aversiva do que fazer as tarefas domésticas. Ambos geram aversivos, mas o 'esforço' em tirar notas boas, compensa. Entendemos, assim, como reforçadora a retirada do aversivo menos compensador para esse menino.