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"Transicionalidade" diz respeito aos "objetos transicionais", que segundo Winnicott, podem ser observados a partir da fase de dependência relativa, quando já há uma separação maior entre a mãe e bebê.
Gabarito A
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- Fase de Dependência Relativa
Características:
- Compreende de 6 meses a 2 anos.
- Trata-se de uma fase onde a mãe intervém de uma maneira frequente na vida da criança.
- Nesta fase a criança começa a reconhecer objetos e pessoas. Porém percebe a mãe de uma maneira unificada, pensa que está relacionando-se com duas mães.
- Mãe suficientemente boa X Mãe insuficientemente boa.
Na transição da etapa de dependência absoluta para a dependência relativa temos o terceiro quesito da maternagem suficientemente boa: a apresentação do objeto. Este momento tem início com a primeira refeição do bebê, quando a mãe demonstra ao bebê que ela pode ser substituída. Aos poucos a mãe vai possibilitando ao bebê outras maneiras de agir no ambiente, estimulando-o a explorar novas possibilidades por meio de seu próprio esforço e criatividade.
No início da passagem da dependência absoluta para a dependência relativa, os objetos transicionais exercem a indispensável função de amparo, por substituírem a mãe que se distancia e desilude o bebê com sua ausência, marcando o início da quebra da unidade mãe-bebê.
Winnicott utiliza o termo objeto transicional para descrever a jornada do bebê desde o puramente subjetivo até à objetividade. Este objeto representa a mãe e ocupa o lugar de ilusão, pois, é conservado pela criança, que o mantém próximo tanto quanto o deseje, ao contrário do seio, que não está disponível constantemente.
À medida que o desenvolvimento progride, a criança tem um ego relativamente integrado, e com a sensação de que o núcleo do si próprio habita o seu corpo. Ela e o mundo são duas coisas separadas. A última etapa do desenvolvimento emocional primitivo é conseguir alcançar uma adaptação à realidade.
Fonte: https://www.concursospsicologia.com
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Na visão winnicottiana, no início da vida o ambiente é representado pela mãe, sendo fundamental para a constituição do self o modo como ela toca seu bebê, o movimenta, o aconchega, fala com ele, pois este cuidado promove para o bebê uma continuidade entre o inato, a realidade psíquica e um esquema corporal pessoal. Na etapa inicial de desenvolvimento a questão primordial é a presença de uma mãe-ambiente confiável que se adapte às suas necessidades de maneira virtualmente perfeita.
Winnicott utiliza o termo “mãe suficientemente boa” para designar o cuidador capaz de se identificar com a criança e atender às suas necessidades básicas, possibilitando ao bebê a ilusão de que o mundo é criado por ele, concedendo-lhe a experiência da onipotência primária, base do fazer-criativo. Ou seja, ao fornecer todo o cuidado e afeto que o bebê necessita, a mãe dedicada lhe dá a sensação de onipotência e plenitude, fazendo-o crer ser detentor de todas as possibilidades.
- Fase de Dependência Absoluta
A dependência absoluta refere-se ao fato do bebê depender inteiramente da mãe para ser e para realizar sua tendência inata à integração em uma unidade. Esta etapa ocorre antes do aparecimento da integração do ego. As experiências iniciais na díade mãe-bebê são estruturantes do psiquismo, participando da organização da personalidade e dos sintomas.
O bebê nasce em um estado de não integração, onde os núcleos do ego estão dispersos e, para o bebê, estes núcleos estão incluídos em uma unidade que ele forma com o meio ambiente. Ao prestar todos os cuidados físicos e psicológicos necessários ao seu desenvolvimento, a mãe atua como ego auxiliar do bebê.
Características:
- Total dependência do meio – Primeiros 6 meses
- O bebê desconhece seu estado de dependência
- O bebê necessita da presença da “Mãe suficientemente boa” – Estado psicológico associado ao exercício da função materna.
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- Fase de Independência Relativa
Após a criança ter alcançado a diferenciação entre ela e o ambiente, tendo se adaptado em certa medida à realidade – absorvendo pautas objetivas dela, que modificam suas fantasias - o último passo que deve dar é integrar em um todo as diferentes imagens que tem de sua mãe e do mundo.
Ao adaptar-se à realidade, o bebê pode passar ao período de independência relativa, em que desenvolve meios para poder prescindir do cuidado materno. Isto é conseguido mediante a acumulação de memórias de maternagem, da projeção de necessidades pessoais e da introjeção dos detalhes do cuidado maternal, com o desenvolvimento da confiança no ambiente.
Assim, retornando ao enunciado da questão, o início dos processos mentais – integração do ego e adaptação à realidade – fazem parte do estágio de DEPENDÊNCIA RELATIVA.
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- Fases do desenvolvimento:
1. Dependência absoluta (0 a 6 meses).
2. Dependência Relativa (6 a 12 meses) - a transicionalidade pode ser observada.
- OBJETO TRANSICIONAL = OBJETO INTERMEDIÁRIO:
- Dá segurança;
- Auxilia na travessia do processo de separação da mãe (alivia a angústia) ou em outras mudanças e também podem acontecer na vida adulta.
- Aparece no oitavo mês de vida.
3. Autonomia relativa.