O Plano Cruzado foi um conjunto de medidas econômicas, lançado pelo governo brasileiro em de , com base no nº 2.283, de 27 de fevereiro de 1986, sendo o presidente da República e o . O plano foi aprovado na com 344 votos a favor e 13 contra, enquanto no só um dos 49 parlamentares votou contra.
A principal marca foi o congelamento de preços. Alimentos, combustíveis, produtos de limpeza, serviços e até o real tiveram os preços tabelados pelo governo. Essas medidas do Plano Cruzado contrariaram a recomendação internacional do , a quem o governo culpava pela inflação por ser "especuladores".
Inicialmente, o Cruzado reduziu a inflação de 12,49% em fevereiro de 1986 para 1,40% em outubro do mesmo ano. Com o resultado o ficou extremamente popular, era considerado ótimo ou bom por 72% dos brasileiros, segundo o Ibope, e o , sozinho, elegeu 53% dos deputados federais e o 24% – dando ao governo maioria de 77% nas . No Senado, a bancada governista somava 81%. Os resultados foram inéditos na história política brasileira. O plano foi elogiado em editoriais de jornais e por políticos de todas as vertentes, como (um dos redatores), , e . O gravou peça de propagada sobre a medida. Ficaram isolados na crítica ao plano ambos os líderes das dos anos 80 chamadas de ortodoxos e heterodoxos, respectivamente do eterno cunhado de Jango, , e de , criador do - mas adepto ao no fim da vida.
O plano em si não era sustentável. Devido ao controle dos preços dos produtos e serviços, as mercadorias principiaram a escassear e a sumir. Mercados paralelos floresceram e só pagando "" era possível comprar as coisas. As exportações caíram, as importações aumentaram e as reservas cambiais foram esgotadas. A inflação disparou, os preços de combustíveis, bebidas, automóveis aumentaram consideravelmente. A economia entrou em colapso. Seis dias depois das eleições gerais no Brasil em 1986 o governo lançou o . Em 2005, admitiu que o plano cruzado foi um erro.