SóProvas


ID
315436
Banca
FCC
Órgão
TJ-AP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Militante do Partido Comunista Brasileiro, Ferreira Gullar
viu-se obrigado a se exilar, nos anos 70, primeiro no Chile e
depois na Argentina. Em 1975, estava em Buenos Aires quando
compôs aquela que é considerada sua obra-prima, o
longuíssimo Poema Sujo, que contém a estrofe:
o homem está na cidade
como uma coisa está em outra
e a cidade está no homem
que está em outra cidade
"Sentia necessidade de escrever tudo o que eu podia
dizer, pois pensava que podia morrer naquela época. Afinal,
uma ditadura militar havia se instalado no Brasil, depois no
Chile, onde me exilara, e posteriormente na Argentina, onde eu
estava. Foi nesse estado de espírito de não ter para onde correr
que nasceu o poema. Na verdade, o poema não é político, mas
um resgate do que eu havido vivido até então. É claro que tem a
minha infância, tem São Luís ... O poema vai resgatar toda a
minha experiência de vida, na medida do possível, mas ele é na
realidade reflexão sobre aquelas coisas. Ele não é sim-
plesmente 'ai que saudades que eu tenho da aurora da minha
vida'... É uma reinvenção da própria vida. Uma coisa é você ter
vivido, e outra coisa é você refletir sobre o que você viveu..."
No mês passado, recebeu o Prêmio Camões pelo
conjunto de sua obra.


(João Barile. Revista Bravo! Abril, n. 158, outubro de 2010,
p. 26, com adaptações)

Os versos transcritos do Poema sujo traduzem

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

    Pensei que fosse a letra A por expressar a ideia de exílio vivenciada pelo poeta, no Chile. No entanto, o que o poeta, autor do fragmento, disse foi de uma forma generalizada, isto é, o homem como todo.
  • ✅ Gabarito: D

    ➥ Os versos transcritos do Poema sujo fazem uma referência a uma forma generalizada do homem, isto é, o homem como todo, mostrando a vivência pessoal que acompanha o indivíduo onde quer que ele esteja e aonde quer que ele vá.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • O gabarito realmente á a letra D.

    Podemos observar no trecho em destaque:

    "(...) Na verdade, o poema não é político, mas

    um resgate do que eu havido vivido até então. É claro que tem a

    minha infância, tem São Luís ... O poema vai resgatar toda a

    minha experiência de vida, na medida do possível, mas ele é na

    realidade reflexão sobre aquelas coisas (...)" 

    No trecho é possível observar que o autor realmente quer trazer sua vivência pessoal ao texto.