CPC 27
• a vida útil do bem, estipulada por engenheiros especialistas, foi de 25 anos
• iniciou sua operação somente em 1º de julho de 2018
• o valor de realização (ou residual) do bem foi estipulado em 20% do valor de compra líquida, sem frete (CPC27).
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(+) valor de aquisição R$ 800.000,00, líquido de todos impostos incidentes sobre sua aquisição
(+) Valor do frete R$ 15.000
(+) Custos de preparação de solo, para colocação do bem em funcionamento, R$ 105.000
(=) Valor Total R$ 920.000
(-) VR Residual (20%*R$ 800.000) R$ 160.000
(=) Valor Depreciável R$ 760.000
Depreciação Acumulada (31/12/2018)=(R$ 760.000/25)*50%=R$ 15.200
Gabarito B
Questão sobre a contabilização
da depreciação.
Nas definições do CPC 27,
temos que depreciação é a alocação
sistemática do valor depreciável de
um ativo ao longo da sua vida útil. O valor depreciável é um valor que será
perdido de um ativo, seja por desgaste, uso, ação da natureza ou obsolescência.
Para calcularmos o valor da depreciação acumulada apresentada no
balancete em 31/12/2018, precisamos partir do valor contábil do ativo em 01/07/2018 e calcular a despesa de
depreciação ocorrida em 6 meses de utilização do ativo, com base no método linear.
Dica!
Esse método é comumente chamado de quotas
constantes, ou linha reta. Consiste
em tomar o valor depreciável de um bem do Ativo, dividir esse valor pelo tempo
de sua vida útil e obter o que chamamos de quota de depreciação, que constitui
o valor que será lançado como despesa a cada período.
Feita essa introdução, podemos
começar os cálculos.
[1] Calculando
o valor contábil do equipamento:
Atenção!
Devemos lembrar que o valor contábil do
bem, não é apenas o valor intrinsecamente da compra (R$ 800.000). Devemos fazer
adicionar custos relacionados ao bem
até que ele esteja pronto para ser
utilizado pela empresa. Exemplos de custos
diretamente atribuíveis, conforme o CPC 27, são:
"(a) custos de benefícios aos empregados (tal como
definidos no Pronunciamento Técnico CPC 33 — Benefícios a Empregados)
decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo
imobilizado;
(b) custos de preparação do local;
(c) custos de frete e de
manuseio (para recebimento e instalação);
(d) custos de instalação e montagem;
(e) custos com testes para verificar se o ativo
está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes
da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e
condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e
(f) honorários profissionais."
Nesse sentido, podemos
calcular o valor contábil do bem:
Valor contábil: preço de
aquisição + frete + custos de preparação
Valor contábil: R$ 800.000 + R$
15.000 + R$ 105.000
Valor contábil: R$ 920.000
[2] Organizando
os dados da questão, teremos:
Valor contábil do ativo em 01/07/2018:
R$ 920.000
Atenção!
Conforme CPC 27, item 55, a depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando
está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela
administração. Logo, a data de 1º de fevereiro (data da aquisição) é irrelevante
para o cálculo da depreciação. O que vale é a data de 1º de julho de 2018
quando o equipamento ficou pronto
para uso.
Vida útil: 25 anos
Vida útil utilizada até 31/12/2018:
6 meses (0,5 anos)
Valor residual: R$ 160.000
(20% do preço de aquisição)
Valor depreciável = (920.000 -
160.000) = R$ 760.000
[3] Calculando
a depreciação acumulada em 31/12/2018
(depois de 0,5 anos):
Depreciação acumulada = Valor
depreciável x (vida útil utilizada/vida útil total)
Depreciação acumulada = R$ 760.000
x (0,5/25)
Depreciação acumulada = R$ 15.200
Logo,
o valor da depreciação acumulada, em reais, apresentado no balancete em
31/12/2018 é R$ 15.200.
Gabarito do Professor: Letra B.
O custo de um item do ativo imobilizado compreende:
(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.
Assim:
Preço de Aquisição 800.000
( + ) Frete 15.000
( + ) Preparação do Local 105.000
(=) Custo de Aquisição 920.000
Perceba que neste caso o frete não integra o custo do item, pois foi pago pelo vendedor.
A partir disso podemos calcular o valor da depreciação anual do item. Segundo o enunciado o valor de realização (ou residual) do bem foi estipulado em 20% do valor de compra líquida. Assim, considera-se que o valor residual é de R$ 160.000 (20% de R$ 800 mil).
Depreciação Anual = (Custo - Valor Residual) / (Vida Útil)
Depreciação Anual = (920.000 - 160.000) / (25 anos) = R$ 30.400
Segundo o enunciado o equipamento foi adquirido em 1º de fevereiro, mas iniciou sua operação somente em 1º de julho de 2018. Vamos entender, portanto, que o item estava disponível para uso em 01/07/2018.
Com isso, no período de 2018 houve a apropriação de seis parcelas de despesa de depreciação (julho a dezembro). Desta forma, o valor da depreciação acumulada será de R$ 15.200.