- ID
- 3163315
- Banca
- Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
- Órgão
- Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- História
- Assuntos
“Houve três ondas revolucionárias principais no mundo ocidental entre 1815 e 1848. [...] A primeira ocorreu em 1820-24.
Na Europa, ela ficou limitada principalmente ao Mediterrâneo,
com a Espanha e Portugal (1820), Nápoles (1820) e a Grécia
(1821) como seus epicentros. Fora a grega, todas essas insurreições foram sufocadas. A Revolução Espanhola reviveu
o movimento de libertação na América Latina, que tinha sido
derrotado após um esforço inicial, ocasionado pela conquista
da Espanha por Napoleão em 1808, e reduzido a alguns
refúgios e grupos. [...]
A segunda onda revolucionária ocorreu em 1829-34, e afetou
toda a Europa a oeste da Rússia e o continente norte-americano, pois a grande época de reformas do presidente Andrew
Johnson (1829-37), embora não diretamente ligada aos levantes europeus, deve ser entendida como parte dela. Na
Europa, a derrubada dos Bourbon na França estimulou várias outras insurreições. [...] A onda revolucionária de 1830 foi,
portanto, um acontecimento muito mais sério do que a de 1820.
De fato, ela marca a derrota definitiva dos aristocratas pelo
poder burguês na Europa Ocidental. [...]
A terceira e maior das ondas revolucionárias, a de 1848, foi o
produto dessa crise. Quase que simultaneamente, a revolução explodiu e venceu (temporariamente) na França, em toda
a Itália, nos Estados alemães, na maior parte do império dos
Habsburgo e na Suíça (1847). De forma menos aguda, a
intranquilidade também afetou a Espanha, a Dinamarca e a
Romênia; de forma esporádica, a Irlanda, a Grécia e a Grã-Bretanha. Nunca houve nada tão próximo da revolução mundial com que sonhavam os insurretos do que essa conflagração espontânea e geral [...]. O que em 1789 fora o levante de
uma só nação era agora, assim parecia, ‘a primavera dos
povos’ de todo um continente”.
HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções: Europa, 1789-1848. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2005. (adaptado)
Os resultados dos processos revolucionários na Europa, no
período caracterizado como Era das Revoluções (1789-1848)
pelo historiador citado, podem ser sintetizados pela seguinte
afirmativa: