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Gabarito: E
Resolução: O texto descreve a fundação de um povoado na região amazônica, próximo à uma área de reserva extrativista e de terras indígenas, a partir da demarcação não autorizada pelo governo e pela invasão de terras rurais. Essa dinâmica é fruto da ampliação da fronteira agrícola que indica a faixa de ocupação da produção da agropecuária em terras devolutas e áreas naturais. Atualmente, a fronteira agrícola (ou frente pioneira) encontra-se na região norte, gerando muitos conflitos entre grileiros, posseiros, mineradores, indígenas e quilombolas pelo processo de demarcação de terras.
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FRENTE PIONEIRA = PRIMEIRO GRUPO DE INDIVÍDUOS A OCUPAR UM ESPAÇO
Essa dinâmica do povoado de União Bandeirantes é fruto da ampliação da frente pioneira, que ocorre quando um grupo de indivíduos (que foram pioneiros naquela região) cresce e expande suas fronteiras, gerando conflitos com outros grupos (de grileiros, posseiros, mineradores, indígenas, quilombolas, etc). Isso acontece mais comumente na região norte, no caso do Brasil.
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1° Frente pioneiras lembra pioneirismo
2° No caso da dinâmica populacional seria a o pioneirismo na ocupação de um espaço.
3° União Bandeirantes era uma região esquecida pelo governo que foi ocupada e transformada na maior produtora agrícola da região.
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A frente pioneira é caracterizada por ser o primeiro grupo de indivíduos a ocupar determinado espaço.
A dinâmica de ocupação descrita está localizada na região Norte do país. Figuras famosas do campo brasileiro, como o pecuarista, o camponês, o grileiro e o madeireiro ilustram a forma de ocupação dessa região caracterizada pela expansão de uma frente pioneira, de uma fronteira agrícola. Sem ação do Estado, eles mesmo ocuparam, invadiram e demarcaram as terras da região.
Letra E
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diante da passividade governamental => Já elimina a única alternativa que deixaria as pessoas na dúvida, no qual é a Letra C.
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As únicas que é possível ficar em dúvida é a C e a E, como as estatísticas dizem. Porém, lembre-se: nunca houve reforma agrária no Brasil. E o texto diz isso: "... diante da passividade governamental...".
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Letra E
O texto fala da ocupação territorial decorrente da expansão de frentes pioneiras, que no caso, envolve os movimentos de camponeses, madeireiros e grileiros. Devido à passividade governamental, ocorreu a demarcação de terras na área rural.
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Fronteira Agrícola é uma expressão utilizada para designar o avanço da produção agropecuária sobre o meio natural. Trata-se de uma região na qual as atividades capitalistas fazem frente com as grandes reservas florestais e áreas pouco povoadas. No Brasil, a fronteira agrícola, que antes se localizava na região do Cerrado, atualmente se encontra na região Norte, em contato com a Floresta Amazônica.
Para melhor compreender como ocorre a expansão da Fronteira Agrícola, bem como os problemas a ela relacionados, é preciso compreender a noção dos conceitos de Frente de Expansão e Frente Pioneira.
A Frente de Expansão é o primeiro processo de ocupação das áreas naturais, geralmente realizadas por pequenos produtores sobre terras devolutas (terrenos públicos no meio rural). Após dez anos de ocorrência dessa ocupação, esses produtores – geralmente voltados para a agricultura orgânica e familiar – podem requerer a posse oficial de suas terras por meio do usucapião. Esses pequenos produtores são chamados de posseiros.
Em contraposição, a Frente Pioneira representa o avanço dos grandes produtores rurais representantes do agronegócio que, ao contrário dos anteriormente citados, manifestam um modo de produção inteiramente capitalista, voltado para a produção comercial interna e para a exportação. Em muitos casos, essa frente expande-se através da grilagem (apropriação ilegal) de terras devolutas ou de espaços pré-ocupados pelos posseiros. Nessas situações emerge a figura do grileiro.
Nesse sentido, ocorrem muitos conflitos no campo envolvendo posseiros e grileiros (e também, em alguns casos, comunidades indígenas). Os primeiros ligados a movimentos sociais do campo, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), e os segundos geralmente representados pelos grandes latifundiários e empresas rurais. Além disso, à medida que o agronegócio se expande, as pequenas propriedades são pressionadas ora para avançar ainda mais a fronteira agrícola, ora para praticarem o êxodo rural, o que resulta na migração de uma grande quantidade de trabalhadores rurais para as cidades.