SóProvas


ID
3180709
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de São José do Rio Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     Rubem Braga, o cronista


      Rubem Braga (1913-1990) foi o maior cronista deste país. Não será favor nenhum dizer que foi também um dos nossos maiores escritores, conquanto não tenha escrito praticamente nada além de crônicas. O irônico está em que o gênero da crônica é justamente aquele onde se costuma celebrar a transitoriedade do tempo, a anedota passageira, o pensamento arisco – nada muito durável. Mas Braga passou por cima disso e escreveu crônicas que não envelhecem.

      Talvez o fato de se dedicar exclusivamente a esse gênero explique um pouco da excelência a que chegou, mas faltaria muito ainda a ponderar: como é que deu uma forma de vida permanente ao que devia ser efêmero? Onde foi buscar grandeza para cunhar o que é pequeno? Que altura poética conseguiu dar a uma prosa que corre limpa e elegante, mas em tom de conversa?

      O segredo da potência das crônicas de Rubem Braga terá morrido com ele. Mas elas sobrevivem por conta do gênio dele, que desperta a cada vez que batemos os olhos numa linha, num parágrafo, numa página sua. Cada crônica do velho Braga tem a intensidade da vida que nos surpreende a cada momento

                                                                           (Teobaldo Ramires, inédito) 

Enfatiza-se no texto sobretudo esta característica singular alcançada pelas crônicas de Rubem Braga:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? alcançaram expressar com vitalidade permanente o que se mostra como fugaz.

    ? "Fugaz" é um adjetivo que equivale a algo que é efêmero, passageiro, que dura pouco, breve; isto é, Rubens Braga conseguiu contrapor o efêmero, passou a dar imortalidade às suas crônicas, transpondo vitalidade eterna/permanente.

    ? Planejamento Completo nos estudos grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost2

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • "O irônico está em que o gênero da crônica é justamente aquele onde se costuma celebrar a transitoriedade do tempo, a anedota passageira, o pensamento arisco – nada muito durável. Mas Braga passou por cima disso e escreveu crônicas que não envelhecem."

    Ou seja, a crônica geralmente é transitória, mas Braga escreveu crônicas que não envelhecem.

    Por isso o Gabarito (E): alcançaram expressar com vitalidade permanente o que se mostra como fugaz.

    Fugaz: passageiro, breve.

  • A questão requer compreensão (informações explícitas) e interpretação textual (informações implícitas).

    Há, no enunciado, o advérbio “sobretudo", que significa "principalmente". Isso significa que pode acontecer de todas as alternativas ou algumas serem passíveis de acerto, porém, apenas uma delas ser a mais correta por conta do advérbio “sobretudo".

    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – Embora esta alternativa também esteja adequada, ela não é a mais correta, pelo fato de não ser a característica principal em relação às crônicas de Rubem Braga.

    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – As coisas não eram sem sentido, talvez seja por isso que as crônicas de Rubem Braga nunca tenham caído no esquecimento do público porque, de um jeito único, ele sabia dar sentido àquilo que não tinha tanta relevância.

    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – A intenção não era realçar a brevidade da vida, mas tornar uma história curta, sem muitos elementos em uma narrativa grandiosa.

    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – A linguagem utilizada em suas crônicas era a informal, a linguagem coloquial - das conversas.

    ALTERNATIVA (E) CORRETA – Essa era sua característica principal: tornar suas narrativas de cunho efêmero em vitalício, embora a crônica seja um gênero textual que se caracteriza por breve comentário ou avaliação de um fato da vida do homem comum, frequentemente um acontecimento do momento.

    *efêmero = passageiro, temporário, transitório, fugaz.

    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (E)