Não achei a citação de Medeiros e Hernandes, mas achei outra:
Dias, Luciana Athouguia. Cultura organizacional como fator crítico de sucesso em uma grande empresa familiar de varejo: Magazine Luiza. / Luciana Athouguia Dias. – Rio de Janeiro, 2019. 117 f. Dissertação (Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial) – Universidade Estácio de Sá, 2019.
Ritos, Rituais e Cerimônias: Deal e Kennedy (1982) afirmam que os ritos, rituais e cerimônias são atividades planejadas que têm consequências práticas e expressivas, com vistas a tornar a cultura organizacional mais tangível e coesa. Dias (2013) enfatiza que as cerimônias são ocasiões especiais nas quais se reforçam valores específicos, permitindo que os indivíduos compartilhem intangíveis relevantes. No tocante aos rituais, o mesmo autor aponta para a sequência repetida de atividades voltada para reforçar os valores centrais da organização. Já os ritos são eventos padronizados que fazem parte de um ritual, consistindo em atividades voltadas para influenciar comportamento e entendimento dos membros da organização. Para Trice e Beyer (1984), os ritos que cumprem essas funções e são mais utilizados nas organizações podem ser assim classificados: a) Ritos de passagem: usados para facilitar a mudança de status, seja no caso de ambientação, seja no desenvolvimento de pessoal. b) Ritos de degradação: usados para dissolver identidades sociais e retirar seu poder, como nos casos de demissão, afastamento de alto executivo, “encostar” alguém, denunciar falhas/incompetências publicamente, etc. c) Ritos de reforço: celebração pública de resultados positivos, reforço de identidades sociais e seu poder. d) Ritos de renovação: visam renovar as estruturas sociais e aperfeiçoar são objeto de adesão e aplauso. e) Ritos de redução de conflitos: usados para restaurar o equilíbrio em relações sociais perturbadas, reduzindo os níveis de conflito e agressão, como nos casos de negociação coletiva. 31 f) Ritos de integração: para encorajar e reviver sentimentos comuns e manter as pessoas comprometidas com o sistema social, comumente usados nos jogos e nas festas de congraçamento. Freitas (2010) ressalta que a classificação e a conceituação do trabalho de Trice e Beyer (1984) dá ênfase à possibilidade de mudança de cultura e, portanto, sugere que as organizações estejam atentas à possibilidade de criação de novos ritos e novos roteiros a serem adotados no processo de ressocialização.