Na realidade, a violência intrafamiliar é uma questão de grande amplitude e complexidade. Nesse sentido é difícil apontar uma relação causal entre determinadas variáveis e a consequente violência. O que costuma-se fazer é apontar fatores de risco que aumentam a probabilidade de desencadeamentos de comportamentos violentos; e dentre esses pode sim constar insatisfações com o relacionamento. A cartilha "Violência intrafamiliar: orientações para prática em serviço" do Ministério da Saúde, aponta como fatores de risco na relação de casal:
♦ indicativos de violência em relacionamentos anteriores, de pelo menos um dos parceiros
♦ contexto e características do início da relação indicativos de violência, como por
exemplo, desapego, objetivos perversos, como interesse econômico, entre outros
♦ dinâmica agressiva, isolamento e fechamento da relação (dificuldade em lidar com
terceiros)
♦ elevado tempo de convivência em situação de violência e desgaste acumulado
♦ baixa capacidade de negociação do casal quanto aos aspectos conflitivos da relação
(dificuldade de lidar com terceiros)
♦ curva ascendente de grau, intensidade e frequência dos episódios de violência
♦ elevado nível de dependência econômica e/ou emocional dos parceiros
♦ baixa auto-estima e pouca autonomia dos parceiros
♦ sentimento de posse exagerado por parte dos parceiros (ciúmes exacerbados)
♦ alcoolismo e/ou drogadição de um dos membros do casal ou de ambos
♦ soropositividade da mulher, pelo HIV
GABARITO: CERTO