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II O efeito da política fiscal sobre a renda será tão maior quanto MENOS elásticos forem os investimentos em relação à taxa de juros.
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I A elevação da parcela de gasto autônomo de 400 u.m. para 700 u.m. reduz o investimento privado em 200 u.m. (CERTO)
1. Equilíbrio: LM e IS são iguais: Y=Y
200 + 10i = 2*(A − 10i)
30i = 2A − 200
Para A (gasto autônomo) = $400, temos i (taxa de juros):
30i = 2*400 − 200 => i = 20
Para A (gasto autônomo) = $700, temos i (taxa de juros):
30i = 2*700 − 200 => i = 40
Assim, a variação proposta pela assertiva da questão no gasto autônomo gera um aumento da taxa de juros de 20 para 40.
2. Calcular Investimento para as duas taxas de juros da assertiva:
I = 600 - 10i
Para i = 20
I = 600−10*20 => I = 400
Para i = 40
I = 600 − 10*40 => I = 200
Logo, a elevação da parcela do gasto autônomo (A) de 400 u.m. para 700 u.m., de fato, reduz o investimento privado em 200 u.m. (de 400 para 200)
II O efeito da política fiscal sobre a renda será tão maior quanto mais elásticos forem os investimentos em relação à taxa de juros. (ERRADO)
O efeito da política fiscal sobre a renda será tão maior quanto menos elásticos forem os investimentos em relação à taxa de juros.
A curva IS relaciona inversamente produto e taxa de juros (negativamente inclinada).
O efeito indireto da política fiscal na curva IS ao expandi-la (para a direita) é o aumento dos juros.
Se o investimento é muito sensível à taxa de juros, esse aumento dos juros geram uma queda no investimento, o que reduz o impacto daquele aumento do gasto público na renda.
O ideal para a eficácia da política fiscal é que o investimento seja pouco elástico aos juros. Ou seja, quanto mais inclinada (mais de pé) a curva IS, melhor para a política fiscal.
II O efeito do aumento dos gastos do governo sobre o investimento é denominado crowding out. (CERTO)
No limite, o aumento do gasto público pode expulsar completamente o investimento.
A expansão fiscal pelo aumento dos gastos do governo sobre o investimento pode elevar tanto a taxa de juros que a queda no investimento compensa completamente a alta da renda que seria provocada pelo maior gasto.
No chamado caso clássico, quando a curva LM é vertical, uma política expansionista gera o efeito crowding out completo.
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Apesar da redação truncada, p/ responder ao II vc deve saber que a inclinação da curva IS depende da elasticidade do investimento em relação aos juros: essa relação é inversamente proporcional, de forma que quando o investimento é mais elástico em relação ao juros, a IS é menos inclinada.
A política fiscal, por sua vez, tem uma relação direta com o investimento, ou seja, quanto mais expansionista, maior será a renda.
Tá, e cadê o erro da assertiva? O CESPE disse que o efeito da política fiscal sobre a renda funciona da mesma maneira que o investimento em relação aos juros, o que é errado: aquele tem relação direta e este, inversa.
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O comentário do renato nao procede. Principalmente nessa parte aki "Se o investimento é muito sensível à taxa de juros, esse aumento dos juros geram uma queda no investimento, o que reduz o impacto daquele aumento do gasto público na renda."
QUando se aumenta o juros nao há como ter uma queda no investimento. O que ocorre na vdd é que uma IS mais sensível a taxa de juros (mais horizontal) fará com que haja um menor aumento na renda quando se aumentar o juros. E, quanto menos elastico ou menos sensível à taxa de juros a IS for, ou seja, (mais vertical), maior será o aumento (eficácia) da politica fiscal no aumento da renda.
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Fala pessoal! Beleza? Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre o modelo IS-LM.
Vamos às alternativas.
I- Verdadeiro. Bom, a questão nos deu as fórmulas das curvas IS e LM. No equilíbrio, ambas serão iguais (IS = LM). Fazendo assim, encontraremos a taxa de juros (i) e, então, poderemos calcular o investimento.
A questão quer saber o que acontece se os gastos (A) aumentarem de 400 para 700. Então, vamos começar calculando o Investimento quando A = 400.
IS: Y = 2(A - 10i)
LM: Y = 200 + 10i
IS = LM
2(A - 10i) = 200 + 10i
Fazendo A = 400
2(400 - 10i) = 200 + 10i
800 - 20i = 200 + 10i
800 - 200 = 10i + 20i
600 = 30i
i = 600/30 = 20
Calculando agora o investimento:
I = 600 - 10i
I = 600 - 10(20)
I = 600 - 200 = 400
Ou seja, quando A = 400, o Investimento = 400 (I1 = 400).
Vamos agora subir o A para 700:
2(700 - 10i) = 200 + 10i
1400 - 20i = 200 + 10i
1400 - 200 = 10i + 20i
1200 = 30i
i = 1200/30 = 40
Calculando agora o investimento:
I = 600 - 10i
I = 600 - 10(40)
I = 600 - 400 = 200
Ou seja, quando A = 700, o Investimento = 200 (I2 = 200).
Repare que ao aumentarmos o A de 400 para 700, o Investimento caiu de 400 para 200. Ou seja, o investimento caiu 200 (I1 - I2 = 400 - 200 = 200).
II- Falso. A sensibilidade da renda aos juros impacta a curva IS e mede a eficácia da política fiscal. Quanto mais inclinada for a curva IS, mais eficaz será a política fiscal. Para que a IS seja inclinada, nós temos que ter um investimento que seja INELÁSTICO à taxa de juros.
III- Verdadeiro. Quando o governo aumenta os gastos, ele pratica uma política fiscal expansionista e aumenta a renda e a taxa de juros. A maior taxa de juros, no entanto, reduz (expulsa) o investimento, daí o nome "crowding out" (que significa expulsão).
Assim: V - F - V.
Gabarito do Professor: Letra C.
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Para ter certeza nesses tipos de questões, o mais seguro é pegar as equações das curvas IS e LM (livro do Dornbusch) e trabalhá-las algebricamente.
Substitua a taxa de juros (i) de uma curva na taxa da outra. Isole Y. A expressão final é uma sopa de letrinhas e não vou escrevê-la aqui. O que importa nessa expressão para o Y de equilíbrio é a derivada em relação ao gasto autônomo (o "A" do exercício). Faça essa derivada (dY/dA) e note que quanto maior o parâmetro de sensibilidade do investimento à taxa de juros ("b" no livro que mencionei), menor o efeito da política fiscal. Claro que intuitivamente sabemos isso pois se o investimento é sensível ao juros, ele cai muito após a PF expansionista (crowding out). Mas para confirmar a intuição, é sempre bom olhar as equações.