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Gabarito A
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O Regimento a Tomé de Sousa, de 1548, determina que os índios tornados cristãos não deviam continuar vivendo em suas aldeias de origem, misturados com outros índios não batizados. Recomenda a sua transferência para "perto das povoações das ditas capitanias, para que conversem com os cristãos e não com os gentios, e possam ser doutrinados e ensinados nas coisas de nossa fé". A operação responsável por essa mudança era chamada de descimento.
Os descimentos eram expedições, em princípio não militares, realizadas por missionários, com o objetivo de convencer os índios que "descessem" de suas aldeias de origem para viverem em novos aldeamentos especialmente criados para esse fim, pelos portugueses, nas proximidades dos núcleos coloniais.
Esses aldeamentos missionários, chamados também de "aldeias de repartição", estavam integrados ao sistema colonial, funcionando como uma espécie de "armazém" onde os índios, uma vez descidos, eram estocados. Aí, depois de catequizados, eram alugados e distribuídos - repartidos - entre os colonos, os missionários e o serviço real da Coroa Portuguesa, para quem deviam obrigatoriamente trabalhar em troca de um pagamento, por um determinado período - que variou de dois a seis meses - findo o qual deveriam ser devolvidos à aldeia.
Os aldeamentos indígenas do Rio de Janeiro
José Ribamar Bessa Freire e Márcia Fernanda Malheiros
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Desde o início da ocupação portuguesa à região que será o Brasil, a questão dos nativos é controversa. Ou melhor, é uma questão de disputa.
Aos donatários e sesmeiros (aqueles que recebiam terras ) interessava a utilização da mão de obra nativa como escravos.
À Igreja Católica interessava “ catequizar os gentios" e dar a eles o conhecimento do verdadeiro Deus.
Não podemos esquecer que a Igreja Católica enfrentava graves problemas internos. A baixa Idade Média europeia é marcada pela emergência de uma série de “heresias", como a dos albigenses ou cátaros e a dos valdenses.
O que era entendido pela alta hierarquia de Roma como heresia?
Heresia era qualquer doutrina que questionava o poder da Igreja sediada em Roma ou que não estava de acordo com a doutrina estabelecida era condenada como heresia e passava a sofrer perseguições.
A perseguição e a ação a Santa Inquisição, existente desde 1229, não evitaram reações contra a Igreja, tampouco contiveram as evasões. Por isso a Igreja tem interesse nos novos mundos descobertos. Eles significam a possibilidade de catequização e aumento do número de fiéis. Daí o interesse em controlar as comunidades nativas.
Este é o tema central da questão proposta: aproximação entre membros da Igreja Católica, vinculados à evangelização e, os nativos da Amazônia. São apresentadas 5 alternativa e somente uma descreve corretamente um elemento desta relação .
A) CORRETA – O “descimento" era a retirada de nativos de suas aldeias de origem e o recolhimento dos mesmos em aldeamentos controlados pelos evangelizadores. Ou seja, pela Igreja Católica. Tal atitude visava facilitar a catequese e a interrupção da migração das tribos, o que, naturalmente, dificultava o controle do colonizador. O nativo conhecia o território e o português o estava desbravando pouco a pouco.
B) INCORRETA - A escravidão dos africanos foi quantitativamente maior em áreas de plantio monocultor para exportação. Não é o caso do Grão Pará e pouco no Maranhão. Nestas regiões, menos ricas, a escravidão dos nativos era mais conveniente pois mais barata, embora não tão “eficiente".
C) INCORRETA - a primeira parte da afirmativa está correta: “ A capacidade dos indígenas para encontrar plantas medicinais do sertão foi reconhecida pelos missionários e colonizadores".
Toda a exploração das chamadas “ Drogas do Sertão" estava baseada neste conhecimento. No entanto, a segunda parte da afirmativa não apresenta uma ideia correta. O conhecimento dos nativos não facilitou seu relacionamento com o branco europeu. Na verdade foi mais um motivo para a exploração de sua força de trabalho.
D) INCORRETA - A ideia de “guerra justa" era a justificativa para captura e escravização de nativos em quaisquer áreas de colonização portuguesa na América e não apenas na Amazônia.
E) INCORRETA – A Companhia de Jesus (jesuítas) foi a ordem religiosa mais ativa na evangelização e controle dos aldeamentos na Amazônia. Mas, não foi a única. Houve também franciscanos, beneditinos e as carmelitas.
RESPOSTA: A
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A) CORRETA – O “descimento" era a retirada de nativos de suas aldeias de origem e o recolhimento dos mesmos em aldeamentos controlados pelos evangelizadores. Ou seja, pela Igreja Católica. Tal atitude visava facilitar a catequese e a interrupção da migração das tribos, o que, naturalmente, dificultava o controle do colonizador. O nativo conhecia o território e o português o estava desbravando pouco a pouco.
B) INCORRETA - A escravidão dos africanos foi quantitativamente maior em áreas de plantio monocultor para exportação. Não é o caso do Grão Pará e pouco no Maranhão. Nestas regiões, menos ricas, a escravidão dos nativos era mais conveniente pois mais barata, embora não tão “eficiente".
C) INCORRETA - a primeira parte da afirmativa está correta: “ A capacidade dos indígenas para encontrar plantas medicinais do sertão foi reconhecida pelos missionários e colonizadores". Toda a exploração das chamadas “ Drogas do Sertão" estava baseada neste conhecimento. No entanto, a segunda parte da afirmativa não apresenta uma ideia correta. O conhecimento dos nativos não facilitou seu relacionamento com o branco europeu. Na verdade foi mais um motivo para a exploração de sua força de trabalho.
D) INCORRETA - A ideia de “guerra justa" era a justificativa para captura e escravização de nativos em quaisquer áreas de colonização portuguesa na América e não apenas na Amazônia.
E) INCORRETA – A Companhia de Jesus (jesuítas) foi a ordem religiosa mais ativa na evangelização e controle dos aldeamentos na Amazônia. Mas, não foi a única. Houve também franciscanos, beneditinos e as carmelitas.
RESPOSTA: A
Fonte: qc