"As terceirizações, a precarização, a flexibilização do trabalho e consequente desregulamentação das leis trabalhistas são características de um movimento mais geral da economia mundial que redirecionam as estratégias empresariais no sentido de criar uma cultura do trabalho adequada aos requerimentos de produtividade, competitividade e maior lucratividade.
De modo análogo, as corporações empresariais passam a difundir a retórica da “responsabilidade social corporativa”, articulada à ideia de um “compromisso ético” com o “desenvolvimento sustentável”, ao tempo em que discursam sobre a “ineficiência” do Estado na solução dos “problemas sociais” do país e defendem a substituição dos sistemas de proteção social pelas ações focalizadas na pobreza.
Nesse contexto, parece surgir um conjunto diverso de frentes de trabalho para o assistente social nas empresas, entre as quais destacamos: gestão de recursos humanos; programas participativos; desenvolvimento de equipes; ambiência organizacional; qualidade de vida no trabalho, voluntariado; ação comunitária; certificação social; educação ambiental etc. Podemos afirmar que essas frentes de trabalho estão relacionadas com os processos macrossociais contemporâneos que incidem na vida social e inflexionam as práticas sociais, nas quais se inclui a experiência profissional do assistente social." (p.01-02)
Fonte: AMARAL, Angela Santana do; CÉSAR, Monica de Jesus. O trabalho do assistente social nas empresas capitalistas. in: “Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais” (CFESS, 2009)