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ID
3195391
Banca
FCC
Órgão
Câmara de Fortaleza - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Falso mar, falso mundo


      O mundo anda cada vez mais complicado, o que não é bom. O frágil corpo humano não foi feito para competir com a máquina, conviver com a máquina e explorá-la. A cada adiantamento técnico-científico, o conflito fica mais duro para o nosso lado.

      Mas nesta semana vi na TV uma reportagem que me horrorizou como prova de que, a cada dia, mais renunciamos às nossas prerrogativas de seres vivos e nos tornamos robotizados. Foi a “praia artificial” no Japão (logo no Japão, arquipélago penetrado e cercado de mar por todos os lados!).

      É um galpão imenso, maior que qualquer aeroporto, coberto por uma espécie de cúpula oblonga, de plástico. E filas à entrada, lá dentro um guichê, o pessoal paga a entrada, que é cara, e some. Deve entrar no vestiário, ou antes, no despiário, pois surgem já convenientemente seminus, como se faz na praia. Pois que debaixo daquele imenso teto de plástico está um mar, com a sua praia. Mar que, na tela, aparece bem azul com ondas de verdade, coroadas de espuma branca; ondas tão fortes que chegam a derrubar as pessoas e sobre as quais jovens atletas surfam e rebolam. E um falso sol, de luz e calor graduáveis; e a praia é de areia composta por pedrinhas de mármore.

      Não sei se pelo comportamento dos figurantes, a gente tinha a impressão absoluta de que assistia a uma cena de animação figurada em computador. A única presença viva, destacando-se no elenco de bonecos, era a repórter, apresentadora do espetáculo. Já se viu! Se fosse uma honesta piscina de água morna, tudo bem. Mas fingir as ondas, falsificar um sol bronzeando, de trinta e cinco graus, e toda aquela gente se deitando com a simulação e depois voltando para a rua vestida nos seus casacos! Me deu pena, horror, sei lá. Aquilo não pode deixar de ser pecado. Falsificar com tanta impudência as criações da natureza, e pra quê!

(Adaptado de: QUEIROZ, Rachel. Melhores crônicas. São Paulo: Global Editora, 1994, edição digital) 

ondas tão fortes que chegam a derrubar as pessoas (3° parágrafo)

A conjunção sublinhada acima estabelece noção de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ondas tão fortes que chegam a derrubar as pessoas (3° parágrafo)

    ? Conjunção subordinativa consecutiva "tão... que" (=depois do Tesão vem a consequência); o fato de (causa) as ondas serem tão fortes faz com que (consequência) cheguem a derrubar as pessoas.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva D

    ondas tão fortes que chegam a derrubar as pessoas (3° parágrafo) = consequência.

  • CONSECUTIVA

  • Conjunção consecutiva

    quando diz o efeito (consequência) da oração anterior.

    ondas tão fortes QUE (consequência).

  • Dica: sempre que observar a presença do tão/tanto/tal + que , o QUE será conjunção subordinada adverbial Consecutiva, ou seja, passa a ideia de consequência.

  • o   Gabarito: D.

    .

    Conjunção Subordinativa Adverbial Consecutiva

    - Exprime uma consequência.

    - Costuma ser antecedida por "tão" ou "tanto".

    - Ela era tão bonita que encantava todos os demais.

  • depois do Tesão vem a consequência

    rumo a pmes 9 cia

  • {o fato de} ondas TÃO fortes {causa} {faz com que} QUE chegam a derrubar as pessoas {consequência}

    Sempre que o "QUE" estiver antecedido de "TAL", "TÃO", "TANTO", será conjunção consecutiva.

  • sempre que você vir os termos TÃO/TANTO + PARTICULA QUE será uma oração subordinada consecutiva

  • 4 T + QUE = CONJUNÇÃO CONSECUTIVA

    4 T = TÃO, TANTO, TAL, TAMANHO

  • A CAUSA: onda ser forte. A CONSEQUÊNCIA: derrubar a gente. Você deve se perguntar: o que acontece primeiro? A onda ou a minha queda???? Eia!!!!