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ID
3202525
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Encontro, teoricamente inexplicável, de dois fenômenos que deveriam em princípio repelir-se um ao outro: o Mercantilismo e a Ilustração. Entretanto, ali estavam eles juntos, articulados, durante todo o período pombalino.

FALCON, F. J. C., A época pombalina. São Paulo: Ática, 1982, p. 483.


Entre as medidas implementadas durante o período em que o Marquês de Pombal foi o principal ministro do rei português D. José I, é correto apontar:

Alternativas
Comentários
  • O pequeno trecho da obra de autoria de Francisco Falcon apresenta a contradição vigente no governo do Marquês de Pombal, no século XVIII, como primeiro ministro de D.José I em Portugal: a vigência do mercantilismo, principalmente através da preservação dos monopólios da Coroa e do Exclusivo Colonial e, ao mesmo tempo, a adoção de medidas politico-administrativas ditadas não por interesses de um economia regida pela ótica apenas da “balança comercial favorável" e dos privilégios de poucos. Medidas estas oriundas, em sua maior parte, dos pensadores da Ilustração, ferrenhos opositores dos projetos mercantilista e absolutista.

    São apresentadas alternativas para que seja indicada aquela que corresponde corretamente à uma ação do Marquês de Pombal em Portugal, em área colonial ou ainda que tivesse efeito em ambas as regiões.
    A) ERRADA. Este é um momento não de queda mas de ascensão da região mineradora. Por conseguinte, ainda não há problemas quanto ao pagamento de impostos. Somente em 1763, por exemplo, é que Pombal transfere a capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro para facilitar o controle da área mineradora.

    B) ERRADA. Pombal pode ter até colocado em prática alguns tipo de medidas consideradas “liberalizantes “ mas, sem que sejam apontadas quais foram não há como defender a ideia. Além disso não há a extinção das companhias de comércio monopolistas. Ao contrário, a proposta era a de fortalecê-las. 

    C) CORRETA . Ao criar este órgão. Pombal pretendia passar o controle das populações nativas das mãos da ordem Jesuíta para a Coroa. Isto porque os nativos eram importante mão-de-obra na lucrativa extração das “Drogas do Sertão" (plantas medicinais), como também os jesuítas impediam sua escravização, necessária em áreas mais pobres, como em São Paulo, onde os proprietários não tinham como investir na cara mão-de-obra escrava africana. A poderosa Companhia de Jesus era um empecilho aos negócios e ao poder estatais. 

    D) ERRADA – Ao contrário, Pombal proibiu a perseguição aos judeus convertidos, apesar do Tribunal da Santa Inquisição ainda existir em Portugal até 1821. Apesar de ter-se utilizado dela quando foi de seu interesse, Pombal se posicionava oficialmente contra a Inquisição. 

    E) ERRADA- Para que fosse possível a recuperação do reino após o terremoto de Lisboa em 1755 e a coroa tirar melhor proveito das províncias ultramarinas (colônias) era preciso estimular o comércio e atender seus interesses e não os do clero e da nobreza territorial , de mentalidade ainda feudal.

    RESPOSTA: ALTERNATIVA  C
  • Pombal, dentro do perfil de “déspota esclarecido”, foi fortemente influenciado pelas ideias iluministas, sobretudo pelo viés anticlerical e principalmente anti-jesuítico. Para retirar da Companhia de Jesus sua ascendência sobre os indígenas, criou em 1757 o Diretório dos Índios, que colocava os nativos diretamente sob a proteção da Coroa Portuguesa. Em 1759, completando sua política anti-inaciana, Pombal expulsou essa ordem não só de Portugal, mas de todas as colônias lusas. As medidas adotadas tentava minimizar a crise portuguesa, e criava impostos para a colônia como a derrama, e expulsou os jesuítas de Portugal e do Brasil e proibiu definitivamente a escravidão indígena na colônia.

  • Marquês de Pombal:

    1755 - Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão

    1757 - instituição do Diretório para gerência da educação na colônia (após a expulsão dos jesuítas)

    1759 - Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba

    1759 - extinguiu o regime das capitanias hereditárias

    1763 - transferiu a sede do Governo-geral de BA para RJ

    1765 - instituiu a derrama na região mineira

    Uniformidade cultural: proibiu o uso do nheengatu (tornando obrigatório o uso do português)

    Perseguição religiosa: proibiu a perseguição aos cristãos-novos (judeus convertidos)

    Povoamento: incentivou a miscigenação com indígenas (proibindo a escravização dos mesmos) ----> "a única forma de manter uma colônia tão grande sem perdê-la para utros países europeus era povoá-la com súditos da coroa portuguesa"

    Fonte: meu caderno

    Se tiver algum erro manda mensagem pra eu consertar e não prejudicar os colegas (a intenção é ajudar)

  • Diretório dos Índios foi uma lei elaborada em 1755, e tornada pública em 1757, por D. José I, rei de Portugal, através de seu ministro, o , que dispunha sobre os  indígenas, elevando estes à condição de vilas ou aldeias, administradas por um diretor.

    Este Diretório assegura a liberdade aos índios. Uma escola, com um mestre para os meninos e outro para as meninas, sendo proibido o uso de outro idioma que não o português. Os indígenas deveriam ter sobrenome português. A nudez foi proibida, bem como as habitações coletivas, o uso da língua brasileira (conhecida como tupi ou língua geral) e a punição de morte a quem desacatasse. A mestiçagem foi estimulada.

    A política do Marquês de Pombal buscava assim incorporar o índio à sociedade dos brancos, transformá-lo em um trabalhador ativo, a fim de assegurar o povoamento e a defesa do território colonial.

    Em 1798, o Diretório foi revogado. Os índios aldeados foram emancipados e equiparados aos outros habitantes do Brasil.

    Fonte: Wikipédia

  • O estabelecimento do Diretório dos Índios,  ao criar este órgão. Pombal pretendia passar o controle das populações nativas das mãos da ordem Jesuíta para a Coroa. Isto porque os nativos eram importante mão-de-obra na lucrativa extração das “Drogas do Sertão" (plantas medicinais), como também os jesuítas impediam sua escravização, necessária em áreas mais pobres, como em São Paulo, onde os proprietários não tinham como investir na cara mão-de-obra escrava africana. A poderosa Companhia de Jesus era um empecilho aos negócios e ao poder estatais.