- ID
- 3206506
- Banca
- VUNESP
- Órgão
- Câmara de Marília - SP
- Ano
- 2017
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Leia o texto para responder à questão.
A vida sem espelhos
Provavelmente você dá uma olhada no espelho antes de
sair de casa. Dentro de um elevador de paredes espelhadas,
é certo que aproveita para ajeitar a roupa ou o cabelo.
As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem
encontradas no ambiente urbano que é difícil imaginar o
quanto elas foram disputadas no passado.
Tudo indica que a primeira vez que o ser humano viu
seu reflexo foi na água. Isso deve ter mudado por volta de
3000 a.C., quando povos da atual região do Irã passaram a
usar areia para polir metais e pedras. Esses espelhos refletiam
apenas contornos e formas. As imagens não eram nítidas, e o
metal oxidava com facilidade.
Pouco mudou até o fim do século 13. Nessa época, o
homem já dominava técnicas de fabricação do vidro, mas as
peças eram claras demais, e por isso não tinham nitidez. Até
que, em Veneza, alguém teve a ideia de unir o vidro a chapas
de metal. “Os espelhos dessa época têm uma pequena camada metálica na parte posterior do vidro. Assim, a imagem
ficava nítida, e o metal não oxidava por ser protegido pelo
vidro”, diz Claudio Furukawa, pesquisador do Instituto de Física da USP. Surgia assim o espelho como o conhecemos
até hoje.
Mas este era um produto raro e caro. Os chamados espelhos venezianos eram mais valiosos que navios de guerra ou
pinturas de gênios como os italianos Rafael e Michelangelo.
Com o advento da Revolução Industrial, o processo de
fabricação ficou bem mais barato e o preço caiu. “Mesmo
assim”, afirma o antropólogo da PUC-RJ José Carlos Rodrigues, “o espelho só se popularizou e entrou nas casas de
todos a partir do século 20.”
(Vinícius Rodrigues. Aventuras na História, julho de 2009. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a expressão destacada
apresenta circunstância adverbial de intensidade.