• EMOTIVA/EXPRESSIVA – está centrada na expressão dos sentimentos,
emoções e opiniões do emissor. Caracteriza-se pela acentuada subjetividade
da mensagem, em que o locutor/narrador apresenta opiniões com as
quais outras pessoas podem ou não concordar, além do uso exacerbado
de sinais de pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências),
que ajudam a reforçar a entonação emotiva.
.: As narrativas de teor dramático ou romântico e textos líricos têm predomínio dessa função, já que expressam o estado de alma do emissor.
• CONATIVA/APELATIVA – ocorre quando o receptor é posto em destaque
e é estimulado pela mensagem. O objetivo, neste caso, é influenciar, convencer
o receptor de algo, por meio de uma ordem, sugestão, convite ou
apelo (vem daí o seu nome).
Suas características principais são o uso de vocativo e de verbos no imperativo
(Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele
vai melhorar seu desempenho!).
Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos
políticos ou de autoridade.
• REFERENCIAL/INFORMATIVA – ocorre quando o referente (objeto da mensagem) é posto em destaque e a intenção principal do emissor é informar. Os textos cuja função é referencial destinam-se a transmitir informações precisas sobre o referente e, por isso, trazem uma linguagem clara e direta, procurando traduzir a realidade de forma objetiva. Os textos científicos e os didáticos são o melhor exemplo disso, além de alguns textos jornalísticos
• POÉTICA/ARTÍSTICA – ocorre quando o emissor enfatiza a construção/ elaboração da mensagem por meio da escolha de palavras que realcem a sonoridade, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos linguísticos. Muitas vezes, o texto não é objetivo, traz uma fala cheia de rodeios e transmite pouca informação. A função poética ocorre tanto em prosa como em verso e por isso está presente em textos literários, publicitários e até em letras de música.
METALINGUÍSTICA – tem como função realçar o código: quando este é utilizado como assunto ou explica a si mesmo (código explicando código). Por exemplo, quando um poema tece reflexões sobre a criação poética, um filme tematiza o próprio cinema ou um programa de televisão debate o papel social da televisão
O poema de João Cabral de Melo Neto
é um exemplo que revela as concepções do autor sobre o ato de escrever:
“Catar feijão se limita com escrever
Jogam-se os grãos na água do alguidar
E as palavras na folha de papel:
E depois, joga-se fora o que boiar
• FÁTICA/DE CONTATO – ocorre quando o canal é posto em destaque. A
intenção é iniciar um contato e, por isso, materializa-se nos cumprimentos
diários, conversas de elevador (com uma abordagem mais informal – objetiva
e rápida) e, até mesmo, nas primeiras palavras de uma aula etc. Em
textos escritos, têm muita importância os recursos gráficos.