“O protagonismo juvenil parte do pressuposto de que o que os adolescentes pensam, dizem e fazem pode transcender os limites do seu entorno pessoal e familiar e influir no curso dos acontecimentos da vida comunitária e social mais ampla.
Em outras palavras, o protagonismo juvenil é uma forma de reconhecer que a participação dos adolescentes pode gerar mudanças decisivas na realidade social, ambiental, cultural e política onde estão inseridos.
Nesse sentido, participar para o adolescente é envolver-se em processos de discussão, decisão, desenho e execução de ações, visando, através do seu envolvimento na solução de problemas reais, desenvolver o seu potencial criativo e a sua força transformadora.” (Costa, 1996).
A vivência de valores como a tolerância, respeito mútuo, cooperação e
alteridade, que a escola tradicional até agora não se tem mostrado capaz de transmitir
a(ao) educanda(o), é uma via importante para que sejam propiciadas situações especiais
na construção de sua autonomia, propiciando sua participação criativa, construtiva e
solidária na solução de problemas na escola, comunidade e na vida social mais ampla.
O protagonismo dos (as) adolescentes pressupõe uma relação dinâmica entre
formação, conhecimento, participação, responsabilização e criatividade como mecanismo
de fortalecimento da perspectiva de educar para a cidadania, levando-se em conta que o
desenvolvimento permanente faz parte da condição de sujeito, sem perder de vista que a
pessoa é uma realidade em processo, imersa em seu tempo, no seu cotidiano e na
história, pré-requisito para o desempenho autônomo na sociedade.