É possível perceber a presença da entrevista em diferentes áreas da psicologia. Por exemplo, de acordo com Wainer e Piccoloto (2005), na Terapia Cognitiva as sessões iniciais implicam em uma avaliação diagnóstica descritiva, que embasará o entendimento cognitivo e a construção do modelo teórico-explicativo referente ao caso, servindo, assim, de base para a escolha das estratégias terapêuticas que serão utilizadas ao longo da terapia. Os autores mencionam, ainda, que nas entrevistas iniciais é preciso estabelecer uma aliança terapêutica satisfatória, na qual a postura do terapeuta, sua expressão corporal, seu tom de voz e suas intervenções claras e não-impositivas poderão contribuir para proporcionar ao cliente um ambiente seguro, compreensivo e colaborativo para o processo psicoterápico. A partir das informações colhidas nas entrevistas iniciais, o profissional irá elaborar metas terapêuticas, baseadas em dados claros e abrangentes, referenciais teóricos precisos e expectativas realistas, dentro das possibilidades. Vale destacar que na terapia cognitiva, as entrevistas iniciais também seguem uma estruturação básica (WAINER; PICCOLOTO, 2005).
Artigo:
AS CONTRIBUIÇÕES DA ENTREVISTA INICIAL PARA O PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO (Jéssica Buthers Lima Ferraz Fraga2)