Conforme Cintra (2002, p. 69-70):
Portanto, quando se afirma que as linguagens documentárias supõem o controle do vocabulário, afirma-se, simultaneamente:
a) a existência de mecanismos interpretativos próprios, uma vez que não se pode utilizar o mecanismo interpretativo da LN para determinar significados das unidades destinadas à representação da informação;
b) a possibilidade de se produzir linguagens de natureza monossêmica que participam da elaboração de LDs. Em face da natureza plurissêmica da LN, a elaboração de LDs supõe alterar a fonte de significação, isto é, alterar a possibilidade de significar, orientando-a para a necessidade de fixar significados. Este processo permite a transformação da unidade de significação em unidade de informação.
c) a existência de um vocabulário próprio de uma LD que comporta, preferencialmente, unidades de linguagens de especialidade, isto é, termos, também denominados "vocabulários especializados". O vocabulário geral que se compõe de palavras, se, por um lado, é mais rico que o primeiro, por outro, do ponto de vista do tratamento da informação, é mais limitado.
Gab. A
CINTRA, Ana Maria et al. Para entender as linguagens documentárias. São Paulo: Polis, 2002. Disponível em: http://abecin.org.br/e-books/colecao-palavra-chave/CINTRA_et_al_Para_entender_as_linguagens_documentarias_2_ed.pdf