Técnica da gota espessa (GE) Até a década de 1980, era o teste mais usado para o diagnóstico de infecção parasitológica por W. bancrofti. A gota de sangue a ser examinada pode ser mensurada para quantificação das microfilárias (MF) presentes. Suas vantagens são o baixo custo, a alta especificidade, além da simplicidade para a realização do exame. Mas suas limitações está o fato de que, em áreas onde as pessoas infectadas apresentam baixa parasitemia a técnica pode subestimar a real prevalência porque sua sensibilidade é diretamente relacionada com a densidade de microfilária/ml e só apresenta boa sensibilidade quando estiver acima de 30 MF/ml , além das perdas de microfilárias durante o processo laboratorial de desemoglobinização (retirada da hemoglobina, propiciando para melhor visualização), fixação e coloração. Isso pode levar a uma diminuição do número inicial das MFs, reduzindo a sensibilidade do exame.
É um exame muito específico e pouco sensível. Se positivo, confirma o diagnóstico, porém, se negativo não o descarta, deixando inconclusivo o diagnóstico. Pode se aplicado tanto para a avaliação de casos individuais quanto para a determinação da prevalência em áreas endêmicas.
Técnica de concentração de Knott (CK) Por meio da concentração sanguínea aumenta-se a sensibilidade do diagnóstico laboratorial. Possibilita a quantificação de microfilárias (MF) pré e pós-tratamento, podendo ser adotada como critério de cura parasitológica. A sua capacidade limite de positividade é a partir de uma MF/ml de sangue. Além disso, por usar a formalina, que fixa e conserva as estruturas da microfilária, esta técnica possibilita que o exame microscópico laboratorial seja realizado vários dias após a coleta de material realizada no campo.
Por ser laboriosa, a CK não é comumente usada em estudos epidemiológicos que envolvam resultados terapêuticos de drogas antifilariais, sendo substituída pela técnica de FMP.
Técnica de filtração em membrana de policarbonato (FMP) é considerada como o “padrão ouro” para investigação e quantificação da microfilaremia, antes, durante e após tratamento. Apresenta uma elevada sensibilidade no diagnóstico filarial, por ser a única que possibilita a investigação de MF em até 10 ml de sangue total utilizando uma única membrana. Assim, a FMP tem possibilitado a identificação de indivíduos com baixa ou baixíssima parasitemia, que foram negativos pelas técnicas de GE e CK. O sangue coletado com anticoagulante possibilita a conservação da MF. O material deve ser processado o mais rápido possível, no máximo em 72 horas se conservado sob refrigeração de 4 a 80 C. O material retido na membrana (microfilária se houver) é fixado, corado e observado ao microscópio. A desvantagem da utilização desta técnica é o custo, com a importação dos insumos.