SóProvas


ID
3259969
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2019
Provas
Disciplina
Espanhol
Assuntos

Con relación a la enseñanza de español desde una perspectiva intercultural crítica basada en los estudios culturales contemporáneos (PARAQUETT, 2019, 2010; SILVA, 2009; WALSH, 2009), considere las siguientes asertivas:


I. Cuando enseñamos español teniendo en cuenta los estudios culturales, debemos aclarar a los estudiantes sobre la importancia de respetar las culturas de todos los pueblos, tolerar la diferencia y valorar la diversidad.
II. Cuando enseñamos español desde la perspectiva intercultural, los estudiantes tienen la oportunidad de conocer mejor al otro y a sí propios.
III. Cuando hablamos de cultura en sala de clase estamos, también, refiriéndonos a cuestiones de jerarquía y poder.
IV. El profesor debe tener un buen bagaje cultural para poder auxiliar a los estudiantes con las dudas a respecto de las diferentes realidades del mundo hispánico.


Señale la opción cuyas asertivas están de acuerdo con los estudios de los autores mencionados: 

Alternativas
Comentários
  • Querendo estudar para PRF, mas está difícil. CADÊ OS COMENTÁRIOS DOS PROFESSORES QCONCURSO??? Vamos melhorar viu, só não ui para o Estratégia ainda porque o layot deles são horríveis, mas estão dando show com os comentário dos Professores. Só querem arrecadar, há tempos que o pessoal não estão alimentando o sistema de questões. Concurso desse nível e não estão dando o trabalha de comentarem assuntos importantes.

  • A proposta de uma educação intercultural crítica surge como uma alternativa ao conceito de que o processo de aprendizagem é uma via de mão única, em que a reflexão ocorre apenas ao nível do conteúdo ensinado. Essa proposta visa justamente permitir ao estudante uma maior capacidade de análise do ambiente ao seu redor, tornando o processo de aprendizagem um movimento crítico, reflexivo e que possibilita a compreensão de diversos fatores essenciais à vida em sociedade:

    A perspectiva intercultural crítica de educação, se assenta na concepção de uma educação emancipatória que, como afirmou Vera Candau (2012b, p. 48), tem as ações fundamentais de desconstruir preconceitos e discriminações, articular igualdade e diferença, resgatar no nível individual e coletivo “processos de construção das nossas identidades culturais". A perspectiva intercultural crítica de educação não invisibiliza os conflitos inerentes às diferenças que habitam os espaços de aprendizagem, muito pelo contrário, os enfrenta, porque compreende que o processo de ensinar e de aprender não se faz com o (as) estudante idealizado, mais sim com alunos e alunas reais. Quando percebemos a avaliação a partir dessa perspectiva concebemos o processo como permanente. (SILVA, 2015, p. 176)

     

    Nesse sentido, vamos analisar cada uma das opções que a questão apresenta.

    I – O termo “aclarar" pressupõe que o docente será responsável por informar aos alunos/às alunas sobre um determinado conceito. Essa noção é contrária à proposta da educação intercultural, que visa fazer com que os próprios discentes cheguem a conclusões a partir da análise crítica das informações que lhes são apresentadas. INCORRETA.

    II – Ao comparar outras culturas, refletir sobre os motivos pelos quais determinadas práticas acontecem ou buscar compreender processos históricos, os estudantes se permitem também olhar para sua própria cultura, ora aproximando-a da cultura que aprendem, ora estabelecendo diferenças em relação à sua própria. Essa alteridade é característica da perspectiva intercultural. CORRETA.

    III – Autores como Foucault (principalmente em trabalhos como“A ordem do discurso", 1970; e “Microfísica do Poder", 1978), Bakhtin (“Marxismo e Filosofia da Linguagem", 1929) e Maingueneau (“Novas tendências em Análise do Discurso", 1997; “Gênese dos discursos", 2008) trazem, cada qual em sua área, contribuições essenciais para compreendermos as práticas discursivas na sociedade a partir do conceito de ideologia/poder. Embora atualizada em cada um desses autores, a noção de que a alteridade ocorre a partir de uma troca de “forças" é constante. As práticas de uma sociedade, marcadas também pelos discursos que dali emergem, indicam um conjunto mais ou menos fixo de traços, os quais, por serem partilhados pelos membros originários daquela região, podem ser entendidos como traços culturais. Alguns traços são mais regionalizados, partilhados por um grupo social, mas não por todos (por ex.: o espanhol rioplatense e a variante de Ushuaya), o que também pressupõe a dominação de um determinado conjunto sobre outros. Os aspectos partilhados por todo um conjunto, aqueles que nos permitiriam identificar uma “cultura espanhola", “cultura argentina" ou “cultura boliviana", também apontam para relações de poder – afinal, o que caracteriza a cultura da Argentina são aspectos que são observados ali, exclusivamente, e que, por serem tão específicos e diferenciados dos demais, não aparecem nos outros espaços. Por exemplo, é possível dizer que um indivíduo do Panamá que more na Argentina sentirá a diferença cultural em alguns traços, nomeadamente aqueles (linguísticos, prosódicos, lexicais, sociais, musicais, etc) que diferenciam um panamenho de um argentino – e essa separação entre o eu e o outro essencial e automaticamente estabelece uma dada relação de poder entre esses indivíduos. CORRETA.

    IV – Ao sugerir que o professor precisa ter uma bagagem cultural com o objetivo de auxiliar os alunos com dúvidas que possam surgir, coloca-se o professor como um responsável por informar aos alunos/às alunas sobre um determinado conceito. Essa noção é contrária à proposta da educação intercultural, que visa fazer com que os próprios discentes cheguem a conclusões a partir da análise crítica das informações que lhes são apresentadas. INCORRETA.

    Gabarito da Professora: Letra C.

    Referência:

    SILVA, Sônia Maria Vieira da. Processos avaliativos e formação docente na perspectiva intercultural crítica de educação. Revista Interinstitucional Artes de Educar. Rio de Janeiro, V. 1 N. 1 – (fev - mai 2015), p. 176-187.