Podemos identificar pelo menos três linhas dinâmicas para a constituição da A.I. na França na década de 1960.
A primeira está ligada à saúde mental e nos transporta à prática da Psicoterapia Institucional a partir da década de 1940 com a experiência inaugural no hospital psiquiátrico de Saint Alban durante a Segunda Guerra. Nesta linha, destacamos o nome de Félix Guattari, que, após a década de 1950, desenvolveu conceitos importantes para a A.I., dentre eles o de analisador e transversalidade.
A segunda linha se vincula às experiências de Pedagogia Libertária desde o início do século XX, que orientaram, a partir da década de 1950, práticas de questionamento da educação vigente e que ficaram conhecidas como a Pedagogia Institucional. Nesta linha destacamos os nomes de René Lourau e Georges Lapassade, na ocasião, professores secundaristas (LOURAU, 1993).
A terceira linha refere-se à Psicossociologia, que, no pós-guerra, trouxe à França as técnicas de grupo que estavam sendo gestadas nos EUA por pesquisadores europeus emigrados, a saber, Moreno e Lewin, além de Rogers, norte-americano nato. (RODRIGUES, 1994; BARROS, 2004).
FONTE: Análise institucional: revisão conceitual e nuances da pesquisa-intervenção no Brasil - André Rossi; Eduardo Passos