1 - O trabalho social com famílias tem como objetivo a orientação e o acompanhamento associados a atividades manuais, com vistas à produção de mercadorias que, uma vez comercializadas, podem gerar renda às famílias.
Errada. Para compreender esse traço inovador, é necessário reconhecer uma tradição no trabalho social com famílias, em que predominaram palestras “educativas” de orientação, associadas a atividades manuais com vistas à produção de mercadorias que, uma vez comercializadas, poderiam gerar renda às famílias. Assim, o trabalho social assumia mais uma característica de integração social, tanto pela via do disciplinamento de comportamentos quanto pela frágil e precária inserção no mundo produtivo.
2- Errada. O fortalecimento de vínculos pode ser estimulado por meio de espaços participativos cuja tomada de decisão e condução depende de um profissional para orientar e definir um tema de interesse a ser debatido ou trabalhado por meio de oficinas
Além da educação do cidadão e da garantia de legitimidade das decisões, a participação tem ainda uma terceira função, que é a de conferir às pessoas o sentimento de pertencimento àquela instituição da qual participa com poder decisório. Assim, estimular o fortalecimento de vínculos significa também garantir espaços participativos na tomada de decisão e fomentá-los como estratégia socioeducativa. Significa experimentar a solidariedade e partilhar um mundo comum.
3 - Errada. A orientação para o trabalho de vínculos familiares e comunitários é única, uma vez que pressupõe uma dimensão psicossocial cuja metodologia se baseia em intervenções intrafamiliares.
Nessa direção, os especialistas entrevistados trazem também contribuições para o debate sobre vínculos (TORRES, 2012). É o caso de Aldaíza Sposati (2012), ao destacar que desconhece gradientes de vínculo que se pautem pela ótica da proteção social. Assim, vínculos fortes ou fracos precisam ser avaliados, tanto nas relações intrafamiliares quanto nas suas redes de apoio, o que significa também considerar o elemento agressor, ou seja, o quanto aquela situação demanda proteção e quais vínculos suportarão enfrentar a agressão.
4 - Certa.
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Concepção de convivência e fortalecimento de vínculos - MDS/ 2017:
1) (...) tradição no trabalho social com famílias, em que predominaram palestras “educativas” de orientação, associadas a atividades manuais com vistas à produção de mercadorias que, uma vez comercializadas, poderiam gerar renda às famílias. (pg: 11).
2) Inserir a participação como um elemento no debate sobre fortalecimento de vínculos associa-se à ideia de ampliação de relações na perspectiva da vivência da cidadania, pressupõe compreender que a participação exige que condições sejam criadas para favorecê-la e essas condições têm relação com acesso à informação e com formação para participar. Para Muñoz (2004), participação não se improvisa e não se aprende de imediato, requer reconhecer que não se está no lugar do outro, mas que é possível fazer perguntas inteligentes e respeitosas que permitam que o outro expresse suas características, o que e como pensa, o que e como sente e deseja. Para esse autor, participação é sinônimo de compartilhamento de poder com as pessoas e só aquele(a) que participa pode ser e sentir-se cidadão(ã), sentir a cidade como sua, sentir-se orgulhoso/a de viver em “sua” cidade (MUÑOZ, 2004, p. 57). Na formulação feita por orientadores sociais, a participação constrói reciprocidade, coloca os profissionais na vida cotidiana das famílias: (pg: 28).
3) As formulações existentes nos documentos normativos e de orientação técnica ainda não foram totalmente compreendidas e incorporadas nas intervenções dos agentes do SUAS e exigem inclusive maior diálogo para explicitação coletiva sobre a direção que se quer assegurar. Em outras palavras, o que antes parecia consenso, hoje são questões cujo entendimento não foi plenamente partilhado. (pg: 13).
4) As vulnerabilidades relacionais são matéria de intervenção para garantir a segurança de convívio, um aspecto da proteção social. (pg: 39).
Gabarito: D (F,F,F,V)