- ID
- 3267286
- Banca
- CETREDE
- Órgão
- Prefeitura de Caucaia - CE
- Ano
- 2016
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Leia o Texto para responder à questão.
VÍRUS ZIKA E O GRANDE SURTO DE MICROCEFALIA
Uma doença recém-chegada no Brasil está deixando todos
em alerta, em especial as grávidas: a Febre por vírus Zika. Essa
doença, causada pelo vírus Zika, apesar de, até então, não estar
relacionada com danos graves à saúde, foi relacionada
recentemente com um grave surto de microcefalia no Brasil.
O vírus Zika é um arbovírus da família Flaviviridae, que
assim como a dengue e a chikungunya, é transmitido pelos
mosquitos do gênero Aedes, como o Aedes aegypti. Além dessa
forma de contaminação, estudos indicam que a transmissão pode
ocorrer de forma perinatal, sexual e até mesmo transfusional.
O vírus foi descoberto em 1947 em um macaco que vivia na
Floresta de Zika, em Uganda (daí a origem do nome). No Brasil,
o vírus foi introduzido em 2014, e as hipóteses mais aceitas é que
ele tenha chegado ao território brasileiro durante a Copa do
Mundo desse mesmo ano.
Ao se contaminar com o vírus Zika, o paciente pode
apresentar febre, vômitos, tosse, dores no corpo, de cabeça,
musculares e nas articulações, mal-estar, irritação nos olhos e
manchas no corpo. A doença normalmente tem duração de três
a sete dias e pode ser assintomática em alguns casos.
De uma maneira geral, considera-se que a febre por vírus
Zika não causa grandes complicações, mas, recentemente,
observou-se o comprometimento do sistema nervoso central em
alguns casos. Além disso, a infecção pelo vírus Zika foi associada
ao desenvolvimento de microcefalia, uma malformação em que
recém-nascidos possuem perímetro cefálico menor que o normal
(menor que 33 cm). Essa malformação está relacionada com
retardo mental em 90% dos casos, além de desencadear
comprometimento da fala, audição e visão, baixo peso e
episódios de convulsão.
Apesar de a microcefalia também ser causada por
infecções, problemas genéticos, contato com produtos
radioativos e utilização de substâncias químicas, observou-se
uma relação direta entre o vírus Zika e o grande surto em 2015.
A suspeita foi levantada após mães de bebês com microcefalia
relatarem que, durante a gestação, apresentaram sintomas da
contaminação por vírus Zika. Em razão do grande número de
casos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta
em 1º de dezembro de 2015 para que todos os países ficassem
atentos aos casos de febre por vírus Zika em seu território.
Assim como a dengue, a febre por vírus Zika não possui
tratamento específico, sendo recomendado apenas o tratamento
de sintomas. O uso de paracetamol ou dipirona pode ajudar o
paciente a diminuir a dor e, em casos de coceiras, pode ser
recomendado o uso de anti-histamínicos. Não se recomenda o
uso de ácido acetilsalicílico, uma vez que aumenta os riscos de
hemorragias.
Por não ter tratamento nem vacina, a melhor maneira de
evitar complicações é protegendo-se do mosquito que transmite
o vírus. As medidas de prevenção da febre por vírus Zika são as
mesmas utilizadas na prevenção contra a dengue e a
chikungunya, isto é, voltam-se para a eliminação de criadouros
do mosquito. Além do combate ao mosquito, as pessoas podem
desenvolver algumas proteções individuais, como usar roupas de
manga comprida, telas nas janelas e portas e mosquiteiros. O uso
de repelente também é indicado, mas grávidas podem utilizar
apenas repelentes com DEET na concentração de 10% a 30%.
Por Ma. Vanessa dos Santos
(Disponível em http://vestibular.brasilescola.uol.com.br/)
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