Para resolução da questão em
análise, faz-se necessário o conhecimento do Modelo de Excelência da Gestão
(MEG), sendo mais especificamente cobradas as características do modelo, que
são: sistêmico, não prescritivo e adaptável a qualquer organização.
A Fundação Nacional da Qualidade
(FNQ) foi criada em 1991 para ajudar a aumentar a qualidade dos produtos
nacionais para concorrem com os produtos importados, que apareciam a cada dia
em maior número, dada a abertura do mercado feita pelo presidente Fernando
Color.
Nesta esteira, a FNQ criou o
Modelo de Excelência da Gestão (MEG), que segundo Paludo (2013), “consiste na representação de um sistema gerencial constituído por
diversos fundamentos e critérios, que orientam a adoção de práticas de gestão
nas organizações públicas e privadas, com a finalidade de levar as organizações
brasileiras a padrões de desempenho reconhecidos pela sociedade e à excelência
em sua gestão".
Com efeito, umas das características do MEG é permitir a qualquer
organização nivelar suas práticas de gestão às práticas de empresas de classe
mundial, sem prejuízo da sua cultura.
Esse tipo de adaptabilidade a qualquer organização é possível, por causa
de outra característica marcante, que é a não prescrição, ou seja, o modelo não
impõe ferramentas ou regras a serem seguidas, mas gera o exercício da reflexão
por meio de questionamentos sobre a gestão da organização e, consequentemente,
o que falta para praticar conceitos de uma empresa de classe mundial.
Portanto, a questão está correta
ao afirmar que para a avaliação da qualidade dos serviços que prestam, as
entidades sem fins lucrativos também podem se beneficiar do modelo da FNQ, dado
que o modelo tem caráter não prescritivo, bem como é adaptável a qualquer
organização.
Gabarito do Professor: CERTO.
Cabe ressaltar que os fundamentos foram
atualizados na 21ª
edição do MEG, sendo apenas oito atualmente:
1. Pensamento sistêmico;
2. Aprendizado organizacional e
inovação;
3. Liderança transformadora;
4. Compromisso com as partes interessadas;
5. Adaptabilidade;
6. Desenvolvimento sustentável;
7. Orientação por processos;
8. Geração de valor
Fonte:
Paludo, Augustinho Vicente. Administração Pública. 3ª Ed. –
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Certo, inclusive, elas fizeram parte de um dos setores de premiação do prêmio de 2011 (é o exemplo da minha apostila):
Para o Prêmio Nacional da Qualidade de 2011, os diversos setores e ramos de atividades foram subdivididos em cinco categorias de premiação (candidatura), de acordo com o setor e o porte:
grandes empresas: organizações que possuem mais de 500 pessoas na força de trabalho;
médias empresas: organizações entre 100 e 499 pessoas na força de trabalho;
pequenas e microempresas: organizações com 99 ou menos pessoas na força de trabalho;
órgãos da administração pública federal, estadual e municipal: poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;
organizações de direito privado sem fins lucrativos.