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ID
3281197
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura da Estância Turística de Guaratinguetá
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Urbanismo à deriva

    A França se destacou durante muito tempo por sua gestão do setor da construção e do planejamento, resultado do forte compromisso do Estado e das coletividades locais, ao mesmo tempo reguladoras, construtoras, financiadoras, administradoras... Ora, há alguns anos esse sistema passou a correr riscos por causa de diversos dispositivos que, frequentemente testados sob pretexto de circunstâncias excepcionais, foram pouco a pouco banalizados, concedendo mais poder aos atores privados.
    É o caso, por exemplo, da “venda no estado de consecução futura” (Vente en l’État du Futur Achèvement, Vefa). Inexistente, depois marginal no setor de moradia social, a Vefa – comumente chamada de “venda na planta” – instalou-se na esteira da crise de 2008. Em resposta à crise imobiliária, o presidente Nicolas Sarkozy solicitou aos financiadores que comprassem cerca de 30 mil imóveis construídos, mas ainda não comercializados pelos incorporadores. Dez anos depois, esse modo de construção “chave na mão” tornou-se moeda corrente no setor de habitação de aluguel moderado, até passar a representar, a cada ano, mais da metade das moradias sociais construídas na Île-de-France.
    Esse processo permite aumentar, a curto prazo e em tempo recorde, o estoque de moradias disponíveis, mas, a longo prazo, gera problemas. Com a Vefa, os financiadores se veem privados de seu papel de construtores. Perdem a cultura da construção, passando a ser meros gestores de bens. Esse sistema repousa, além do mais, em uma contradição fundamental. Enquanto os financiadores devem manter suas construções, estando, portanto, muito interessados na qualidade e robustez dos materiais utilizados, os incorporadores constroem e vendem moradias pelas quais não assumem nenhuma responsabilidade. Os ganhos imediatos, em tempo e dinheiro, podem se transformar em custos adiados.

                                                                            (Pierre Pastoral, “Urbanismo à deriva”. Le Monde Diplomatique Brasil, junho de 2019. Adaptado)

Há termo empregado em sentido figurado na passagem:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    ... a Vefa [...] instalou-se na esteira da crise de 2008. (2o parágrafo)

    esteira (=direção, logo na crise) foi usados em sentido conotativo (sentido figurado).

  • GABARITO: LETRA C

    ? ... a Vefa [...] instalou-se na esteira da crise de 2008. (2º parágrafo)

    ? Temos o emprego de uma linguagem figurada, uma linguagem conotativa (conto de fadas); marca a ideia de algo que está em movimento constante, como se fosse uma esteira mesmo.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva C

    a Vefa [...] instalou-se na esteira da crise de 2008. (2º parágrafo)

  • Assertiva C

    a Vefa [...] instalou-se na esteira da crise de 2008. (2º parágrafo)