SóProvas


ID
3287053
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Serrana - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Ligeiro e nasalado, sotaque paulista teve influência de índios e migrantes

    Ligeiro e nasalado, o português paulista tem pressa. Atropela os plurais das frases e suprime o “lh” das palavras.
    Em São Paulo se toma dois café com dois pão na chapa por quinze real. E filha, milho, velho e mulher são reduzidos a fia, mio, véio e muié.
    Ainda que incomodem os ouvidos mais sensíveis, esses usos da língua têm origem na mistura do português dos colonizadores com algumas das 350 línguas indígenas que existiam no território brasileiro à época do descobrimento – hoje são cerca de 180.
    O cruzamento do idioma de Portugal com o tupi deu origem à chamada língua geral, utilizada no cotidiano da nova colônia até a segunda metade do século 18.
    Uma de suas marcas, que hoje caracteriza o português paulista, era o “r” retroflexo, também conhecido como ‘r” caipira. Ele substituiu o “r” chiado dos portugueses, que os índios não conseguiam pronunciar. Na sintaxe indígena, o plural não redunda ao longo da sentença, o que poderia explicar o hábito paulista.

(https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano. 23.04.2018. Adaptado)

Usos como “fia”, “mio”, “véio” e “muié” constituem o que Bortoni-Ricardo (2004) chama de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? traços descontínuos, se considerados como formas que ainda não se impuseram sobre os demais usos.

    ? Correto, pois, conforme a norma-padrão, a língua formal esses termos estão incorretos, mas coloquialmente e considerando a variação linguística presente no Brasil não há erro.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva D

    traços descontínuos, se considerados como formas que ainda não se impuseram sobre os demais usos.

  • Assertiva D

    traços descontínuos, se considerados como formas que ainda não se impuseram sobre os demais usos.

  • (...) Alguns itens são típicos dos falares situados no pólo rural e que vão desaparecendo à medida que nos aproximamos do pólo urbano. Dizemos, então, que esses traços têm uma distribuição descontínua porque seu uso é “descontinuado” nas áreas urbanas. Há outros traços na nossa listinha do Chico Bento que estão presentes na fala de todos os brasileiros e, portanto, se distribuem ao longo de todo o contínuo. Esses traços, ao contrário dos outros, têm uma distribuição gradual. Vamos chamá-los de traços graduais. Observe que os traços descontínuos são os que recebem a maior carga de avaliação negativa nas comunidades urbanas. (BORTONI-RICARDO, 2004, p. 53)

  • Prof. De Prof. de Português... logo, não se assuste por não saber essa teoria... E simbora pra próxima!