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A B C e E são importantes também mas em questão de prova se torna irrelevante diante da alternativa D: treinamento especializado.
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Nunca vi falar em treinamento especializado pra fazer entrevista.
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Para Cunha (2003), o treinamento tem o intuito de antecipar e evitar essas situações e procura apresentar e discutir vários aspectos práticos dos procedimentos. Embora muitas “dicas” possam ser dadas, em última instância, é a qualidade da formação clínica e a sensibilidade do avaliador para os aspectos relacionais – por exemplo, a capacidade de trabalho na contratransferência – que o assistirão nos momentos mais difíceis e inesperados.
No livro Psicodiagnóstico V, a autora também ratica que o alcance dos resultados da entrevista dependem unicamente da experiência do terapeuta. E acho q a questão utiliza a palavra "treinamento", mas também faz referência a formação do sujeito como um todo.
Caso o item B fosse escrito assim "experiência psicoterápica", ele também estaria correto.
ITEM CORRETO D
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De acordo com Cunha (2007) a complexidade dos procedimentos específicos de cada tipo de entrevista clínica, dos conhecimentos psicológicos envolvidos e dos
aspectos relativos à competência do entrevistador, necessários para sustentar uma relação
interpessoal de investigação clínica, requerem
treinamento especializado. O resultado de uma
entrevista depende largamente da experiência
e da habilidade do entrevistador, além do domínio da técnica. Alguns temas abordados na
entrevista clínica são, pela sua própria natureza, difíceis ou representam tabus culturais. Criar
um clima que facilite a interação nesse contexto e a abertura para o exame de questões íntimas e pessoais talvez seja o desafio maior da
entrevista clínica. Essa dependência da experiência aproxima a condução de entrevistas da
arte – embora ela seja corretamente definida
como técnica. A necessidade de ensinar a realizar uma entrevista clínica coloca, portanto,
desafios para quem deseja transmitir esses conhecimentos e habilidades. Pequenos detalhes,
quando desconsiderados, levam a consequências não desejadas. Muitas vezes, o profissional só se dá conta da importância desses detalhes quando algum problema está configurado. O treinamento tem o intuito de antecipar
e evitar essas situações e procura apresentar e
discutir vários aspectos práticos dos procedimentos. Embora muitas “dicas" possam ser
dadas, em última instância, é a qualidade da
formação clínica e a sensibilidade do avaliador
para os aspectos relacionais – por exemplo, a
capacidade de trabalho na contratransferência – que o assistirão nos momentos mais difíceis e inesperados. Além do treinamento formal nos cursos de graduação e especialização,
a prática supervisionada é reconhecida como
melhor estratégia para a consolidação dessa
aprendizagem.
Psicodiagnóstico-V [recurso eletrônico] / Jurema Alcides Cunha [et al.]. – 5. ed. rev. e ampl. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre :
Artmed, 2007.
GABARITO: D