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ID
3296044
Banca
Quadrix
Órgão
CRA-PA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Popular  entre  militares,  discurso  de  que  ONGs  e  ambientalistas estariam a  serviço  de potências estrangeiras  evoca disputas comerciais e conflitos históricos, mas não leva  em conta o papel que brasileiros – entre os quais indígenas e  geólogos – tiveram na criação de grandes reservas na floresta  amazônica. 

                                                                   Internet: <www.bol.uol.com.br> (com adaptações).

Tendo o texto acima apenas como referência inicial e refletindo sobre temas correlacionados, julgue o item.


É recente a percepção, por órgãos do governo e por autoridades, de que a soberania nacional sobre a região amazônica está ameaçada.

Alternativas
Comentários
  • No governo Bolsonaro há constante rejeição às críticas de outros países acerca do desmatamento e incêndios na Amazônia e no Pantanal. Além disso o discurso de Ernesto Araújo, o Ministro das Relações Exteriores, de caráter anti-multilateralista , em nada ajuda a situação. Esse posicionamento é o mesmo do período do regime militar, que trouxe pressão internacional e problemas para o Brasil. 
    A partir da redemocratização – 1985, os governos buscaram avançar em um política de salvaguarda do meio ambiente, com significativos avanços, mesmo que não tenha alcançado a totalidade dos objetivos traçados. Ao mesmo tempo, os anos 1980 foram marcados pela maior organização dos povos da floresta e dos ambientalistas no sentido de lutar pela manutenção das reservas ambientais do país, havendo, inclusive maior área demarcada para os indígenas, o que garantiu a manutenção de vastas áreas de florestas. 
    No entanto, atualmente há um retrocesso significativo no setor. Os ministros Ernesto Araújo e Ricardo Salles (Meio ambiente) chegaram, incluso, a questionar a honestidade das parcerias feitas com outros países para a nossa politica ambiental. Incluso é entendido que existe uma “campanha globalista", que “relativiza a soberania na Amazônia" usando como instrumentos as ONGs, a população indígena, quilombola e os ambientalistas. Assim sendo, o governo entende ser necessária a execução de obras de infraestrutura — investimentos “com retorno garantido a longo prazo" —, como hidrelétricas e estradas, para garantir o 'desenvolvimento' e a presença do Estado brasileiro no local. 
    Esse posicionamento é o mesmo do período do regime militar, que trouxe pressão internacional e consequências negativas para o Brasil. O governo reaquece plano da ditadura e paranoia militar, e articula-se com ruralistas e políticos para promover, em regiões isoladas, mineração e megaempreendimentos em nome da “ manutenção da soberania nacional". 

    Ou seja, o discurso não é original do atual governo federal e, por conseguinte, a afirmativa defende uma ideia incorreta.


    GABARITO DA PROFESSORA: ERRADO.