No governo Bolsonaro há constante rejeição às críticas de outros países acerca do desmatamento e incêndios na Amazônia e no Pantanal. Além disso o discurso de Ernesto Araújo, o Ministro das Relações Exteriores, de caráter anti-multilateralista , em nada ajuda a situação.
Esse posicionamento é o mesmo do período do regime militar, que trouxe pressão internacional e problemas para o Brasil.
A partir da redemocratização – 1985, os governos buscaram avançar em um política de salvaguarda do meio ambiente, com significativos avanços, mesmo que não tenha alcançado a totalidade dos objetivos traçados. Ao mesmo tempo, os anos 1980 foram marcados pela maior organização dos povos da floresta e dos ambientalistas no sentido de lutar pela manutenção das reservas ambientais do país, havendo, inclusive maior área demarcada para os indígenas, o que garantiu a manutenção de vastas áreas de florestas.
No entanto, atualmente há um retrocesso significativo no setor. Os ministros Ernesto Araújo e Ricardo Salles (Meio ambiente) chegaram, incluso, a questionar a honestidade das parcerias feitas com outros países para a nossa politica ambiental.
Incluso é entendido que existe uma “campanha globalista", que “relativiza a soberania na Amazônia" usando como instrumentos as ONGs, a população indígena, quilombola e os ambientalistas. Assim sendo, o governo entende ser necessária a execução de obras de infraestrutura — investimentos “com retorno garantido a longo prazo" —, como hidrelétricas e estradas, para garantir o 'desenvolvimento' e a presença do Estado brasileiro no local.
Esse posicionamento é o mesmo do período do regime militar, que trouxe pressão internacional e consequências negativas para o Brasil. O governo reaquece plano da ditadura e paranoia militar, e articula-se com ruralistas e políticos para promover, em regiões isoladas, mineração e megaempreendimentos em nome da “ manutenção da soberania nacional".
Ou seja, o discurso não é original do atual governo federal e, por conseguinte, a afirmativa defende uma ideia incorreta.
GABARITO DA PROFESSORA: ERRADO.