Essa questão requer conhecimentos sobre o processo de alfabetização, a partir dos estudos de Emilia Ferreiro.
A autora defende o processo de conhecimento infantil como algo gradual, em que deve-se levar em conta a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e escrita. Segundo Emilia Ferreiro, a partir do momento em que a criança começa o processo de alfabetização podem surgir problemas cognitivos, um deles é a diferenciação entre desenho e escrita. "[...] os desafios que as crianças enfrentam para constituir uma escrita e definir a fronteira que separa o desenho da escrita" (Ferreiro, 1987, p. 10). Dessa forma, o desenvolvimento da escrita inicia quando a criança consegue dissociá-la do desenho. Nesse estágio inicial, para que haja atribuição de sentido é preciso que a escrita esteja relacionada a uma imagem, essa situação foi chamada por Emilia Ferreiro como “hipótese do nome". Outras hipóteses surgiram a partir dos estudos da autora, entre elas está a “hipótese da quantidade mínima" faz referência à quantidade de caracteres mínimo para se ler um texto. Vejamos: “A hipótese da quantidade mínima se refere a uma exigência de que para ler um texto ele deve ter um número mínimo (geralmente 3) de grafias. Com menos de 3 caracteres não serve para ler porque “são muito curtinhos", “há muito pouquinhos", “são só 2 letras", etc. “(FERREIRO e TEBEROSKI, 1985, p. 41).
Portanto a alternativa que responde corretamente a questão é a letra D.
Gabarito do professor: D
Referências:
FERREIRO, E. 1987. Os processos construtivos da apropriação da escrita. In: E. FERREIRO; M.G. PALACIO (org.), Os processos de leitura e escrita: novas perspectivas. Porto Alegre, Artes Médicas.
FERREIRO, E. e TEBEROSKI, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto alegre, Artes Médicas, 1985.