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Vejo algo muito grave nessa questão.
O item I fala em "A privatização do Estado ou a impermeabilidade dos patrimônios público e privado.", porém o texto original de Bresser pereira diz: "A característica que definia o governo nas sociedades pré-capitalistas e prédemocráticas era a privatização do Estado, ou a interpermeabilidade dos patrimônios público e privado. ‘Patrimonialismo’ significa a incapacidade ou a relutância de o príncipe distinguir entre o patrimônio público e seus bens privados. A administração do Estado pré-capitalista era uma administração patrimonialista."
Oras, interpermeabilidade (que é permeável em si mesmo, ganhando, no texto de Bresser, conotação reprovatória) é algo distinto de impermeabilidade (que não é permeável, e que poderia portanto, representar uma solução à confusão patrimonial do estado com particulares).
Afora que é preciso fazer uma ginástica enorme para não considerar o item III como possível solução à crise do Estado. É que a banca misturou dois itens (I e II) que representam visão de Bresser Pereira e no terceiro colocaram uma abordagem de outros autores (David Osborne e Ted Gaebler), do
empreendedorismo governamental, que defendem que a administração pública deve sim pensar em retorno financeiro. Contudo, é preciso ressaltar que o enunciado cobra conhecimento sobre a proposta de reforma de Bresser Pereira, e não desses outros dois.
É realmente lamentável que a FGV elabore questões de tão baixo nível!
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Vejo algo muito grave nessa questão.
O item I fala em "A privatização do Estado ou a impermeabilidade dos patrimônios público e privado.", porém o texto original de Bresser pereira diz: "A característica que definia o governo nas sociedades pré-capitalistas e prédemocráticas era a privatização do Estado, ou a interpermeabilidade dos patrimônios público e privado. ‘Patrimonialismo’ significa a incapacidade ou a relutância de o príncipe distinguir entre o patrimônio público e seus bens privados. A administração do Estado pré-capitalista era uma administração patrimonialista."
Oras, interpermeabilidade (que é permeável em si mesmo, ganhando, no texto de Bresser, conotação reprovatória) é algo distinto de impermeabilidade (que não é permeável, e que poderia portanto, representar uma solução à confusão patrimonial do estado com particulares).
Afora que é preciso fazer uma ginástica enorme para não considerar o item III como possível solução à crise do Estado. É que a banca misturou dois itens (I e II) que representam visão de Bresser Pereira e no terceiro colocaram uma abordagem de outros autores (David Osborne e Ted Gaebler), do
empreendedorismo governamental, que defendem que a administração pública deve sim pensar em retorno financeiro. Contudo, é preciso ressaltar que o enunciado cobra conhecimento sobre a proposta de reforma de Bresser Pereira, e não desses outros dois.
É realmente lamentável que a FGV elabore questões de tão baixo nível!
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Nem precisava ter lido o texto do Bresser para saber responder essa questão, o próprio enunciado já diz a resposta certa: Com base na proposta de que um Estado mínimo não é realista e de que o fator básico subjacente à crise econômica é a crise do Estado, analise as afirmativas a seguir que podem representar soluções para esse problema.
I. A privatização do Estado ou a impermeabilidade dos patrimônios público e privado. (CARACTERIZA ESTADO MÍNIMO - ERRADA)
II. A reconstrução ou reformulação do Estado ao invés de seu definhamento. (ESSA DAQUI É DE GRAÇA, NEM PRECISAVA TER ESTUDADO PARA SABER QUE ESTÁ CERTA)
III. A adoção de uma administração que não visa ao lucro mas à satisfação do interesse público. (AQUI DIZ RESPEITO AO ESTADO MÁXIMO, RELACIONA-SE COM A CRISE ECONÔMICA DO ENUNCIADO - ERRADO)
ALTERNATIVA: B
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A questão usa de má-fé o assunto abordado, não me surpreende que seja da FGV.
De toda forma, "entrando no jogo" do enunciado da pra matar a questão, uma vez que ele afirma "[,,,]ficou claro que o principal motivo da grande crise dos anos 80 foi o Estado (provocada por uma crise fiscal do Estado, uma do tipo de intervenção estatal e uma crise da forma burocrática de administração do Estado)".
Ou seja, se o enunciado disse que a intervenção do Estado provocou uma crise, deve-se evitar a afirmação III que propõe uma intervenção incisiva do Estado.
Sei que é irritante esse tipo de questão, mas quebrar cabeça com a banca é inútil.