ID 3333715 Banca IADES Órgão SES-DF Ano 2018 Provas IADES - 2018 - SES-DF - Médico - Nefrologia Disciplina Medicina Assuntos Urologia Acerca do distúrbio mineral e ósseo da doença renal crônica (DMO-DRC), assinale a alternativa correta. Alternativas Retenção de fósforo, hipercalcemia, deficiência de calcitriol, aumento dos níveis séricos de PTH e do FGF-23 são mecanismos envolvidos na fisiopatogenia do hiperparatireoidismo secundário. Alterações do metabolismo mineral e ósseo ocorrem precocemente no curso da DRC, tanto que níveis séricos elevados de PTH podem ser observados quando a taxa de filtração glomerular está em torno de 60 mL/min. Tanto o FGF-23 como a hiperfosfatemia inibem a enzima 1-alfa-hidroxilase renal, responsá vel pela conversão da 1,25-hidroxivitamina D em calcitriol, o metabólito ativo da vitamina D. Níveis circulantes de fosfatase alcalina óssea, que indica atividade osteoblástica, e osteocalcina, marcador de atividade de osteoclastos, auxiliam no diagnóstico de remodelamento ósseo. A calcificação extraóssea, particularmente a calcificação vascular, é considerada um processo ativo no qual a célula muscular lisa vascular sofre um processo de transformação fenotı́pica para uma célula do tipo osteoclasto. Responder Comentários O nível ideal de PTH nos pacientes com doença renal crônica nos estágios 3a a 5 que não estão em não é conhecido. Entretanto, se os níveis de PTH aumentarem progressivamente ou se estiverem acentuadamente elevados (acima de 9 vezes o limite superior do normal do teste), apesar do tratamento da hiperfosfatemia e da deficiência de vitamina D, recomenda-se um análogo ativo da vitamina D (como o calcitriol). A dose inicial típica do calcitriol é de 0,25 mcg por via oral 3 vezes/semana, escalonada para manter o PTH entre 2 a 9 vezes o limite superior do normal para o teste. Os níveis de PTH não são corrigidos até o normal porque isso pode precipitar doença óssea adinâmica. Hiperparatireoidismo secundário é comum e pode se desenvolver em insuficiência renal antes que ocorram anormalidades nas concentrações de Ca e ou fosfato. Por esse motivo, tem sido recomendada a monitorização do PTH em pacientes com doença renal crônica moderada, mesmo antes de a hipofosfatemia ocorrer.