Essa questão envolve conhecimentos sobre educação infantil, bem como sobre o relacionamento entre família e escola. Com base na obra “Aprender e Ensinar na Educação Infantil" (1999), de autoria de Eulália Bassedas, Teresa Huguet e Isabel Solé, deve-se indicar como as reuniões coletivas com as famílias devem ser.
A) ser formais e apresentar a linguagem técnica utilizada pelos pedagogos, para dar credibilidade ao trabalho realizado; deve-se, ainda, elencar todo o conteúdo estudado ao longo do bimestre anterior.
ERRADO - As reuniões devem criar uma oportunidade para que a família conheça, aprecie e reflita sobre o que as crianças fazem e aprendem na escola, favorecendo a integração, o debate e o crescimento de todos os envolvidos. Devem ser realizadas através de linguagem clara e de fácil entendimento para os familiares. É importante a inclusão do conhecimento familiar no trabalho educativo e o estabelecimento de canais de comunicação. É uma oportunidade de apresentação do trabalho pedagógico, mas não tem como objetivo elencar conteúdos estudados. É interessante que a escola deixe as famílias a par dos conteúdos trabalhados, contudo, o foco é relação pedagógica com os alunos, de modo que os familiares tenham conhecimento sobre como ela se desenvolve cotidianamente. De acordo com a autora, as reuniões não devem ser muito formais ou frias.
B) dar liberdade às famílias, suprimindo roteiros, temas ou tempo pré-estabelecidos, pois é necessário ter tempo livre para que os pais tirem suas dúvidas e conheçam os professores.
ERRADO - De acordo com a autora, a reflexão sobre o que se faz na escola e para quê precisa ser conhecida. Nesse sentido, convém preparar, com muito cuidado, as reuniões coletivas com as famílias, as quais não deverão ser muito formais ou frias; deve-se ter um roteiro, explicar a proposta da escola para essa faixa etária e o porquê, quais as atividades previstas para consegui-lo, como serão organizados os contatos e a participação dos pais e das mães. Para isso, o primeiro passo é o planejamento. A equipe escolar deve elaborar o roteiro da reunião, definindo os objetivos da reunião e demais aspectos a serem tratados. Assim, evita-se reuniões extensas, às quais os pais tendem a não comparecer por diversos motivos.
Além disso, é preciso comunicar os pais com antecedência a respeito do evento. Datas e horários devem ser pensados de acordo com a possibilidade de frequência dos pais. Durante a reunião é necessário apostar em uma boa dinâmica, abrindo perguntas aos responsáveis. E ao fim, pedir um feedback deles quanto ao encontro.
C) evitar o estabelecimento de qualquer relação de diferença ou semelhança entre uma escola de educação infantil e uma escola de ensino fundamental, posto que são instituições com perfis diferentes.
ERRADO - A autora considera importante traçar as semelhanças e também as diferenças entre uma escola infantil e uma escola de ensino fundamental, o que contribui para que os pais e as mães ajustem seus critérios pessoais para valorizar o que a criança faz na escola - pode ser que algumas famílias somente considerem que o seu filho ou sua filha “trabalham" quando levam papéis com os registros para casa; pode ser que algumas não saibam que recolher os brinquedos seja um objetivo educativo igual a aprender a escrever o próprio nome ou observar e registrar o crescimento de um pezinho de feijão.
D) garantir a apresentação de expressiva quantidade de atividades em “papéis" (pasta de atividades) para os pais, e ainda, apresentar uma avaliação escrita, pelo professor, da aprendizagem da criança.
ERRADO - Muitas vezes as reuniões são entendidas como um momento em que unicamente se expõe a avaliação da escola sobre os alunos aos seus responsáveis. Porém, a reunião vai além disso. Esse encontro é importante, acima de tudo, para estimular a participação dos pais na vida escolar do filho e fortalecer o seu desenvolvimento. A reunião tem também a importância de solucionar dúvidas dos pais quanto à gestão escolar e orientação curricular, por exemplo. Não é apenas um momento em que a escola reporta aos pais o desempenho de seus filhos, mas também é o instante em que traz suas questões e contribuição para desenvolver o ensino. Trata-se de uma ocasião para a troca de informações. Nesse sentido, a autora considera importante traçar as semelhanças e também as diferenças entre uma escola infantil e uma escola de ensino fundamental, o que contribui para que os pais e as mães ajustem seus critérios pessoais para valorizar o que a criança faz na escola - pode ser que algumas famílias somente considerem que o seu filho ou sua filha “trabalham" quando levam papéis com os registros para casa; pode ser que algumas não saibam que recolher os brinquedos seja um objetivo educativo igual a aprender a escrever o próprio nome ou observar e registrar o crescimento de um pezinho de feijão.
E )ter um roteiro, explicar a proposta da escola para essa faixa etária e o porquê, quais as atividades previstas para consegui-lo, como serão organizados os contatos e a participação dos pais e das mães.
CORRETO - O contato entre pais e profissionais da educação, de acordo com Bassedas, deve cumprir os objetivos de conhecer a criança, estabelecer critérios educativos comuns, oferecer modelos de intervenção e de relação com as crianças e ajudar a conhecer a função educativa da escola.
Conforme coloca a autora, na etapa da educação infantil, convém propor que as famílias conheçam e valorizem o que se faz na escola, já que se apresenta muito difundida a ideia de que as crianças pequenas vão brincar e que não é preciso saber muito para que joguem, brinquem, para trocá-las ou para dar-lhes de comer, é preciso ter paciência, boa disposição e gostar de crianças, etc. Sem negar que essas qualidades são extremamente necessárias, educar, nesta idade, como nas outras, requer um conhecimento profissional que permita analisar e compreender a situação de cada criança e tomar as decisões mais convenientes ao caso presente. Por isso, as iniciativas tendentes a que os pais possam entrar na escola e que conheçam o seu funcionamento devem ser valorizadas e incentivadas. A reflexão sobre o que fazer e para que fazer - imprescindível para que a equipe de professores progrida na prática de uma maneira mais fundamentada e explícita - também precisa ser conhecida. Nesse sentido, convém preparar, com muito cuidado, as reuniões coletivas com as famílias, as quais não deverão ser muito formais ou frias; deve-se ter um roteiro, explicar a proposta da escola para essa faixa etária e o porquê, quais as atividades previstas para consegui-lo, como serão organizados os contatos e a participação dos pais e das mães. A autora considera importante traçar as semelhanças e também as diferenças entre uma escola infantil e uma escola de ensino fundamental, o que contribui para que os pais e as mães ajustem seus critérios pessoais para valorizar o que a criança faz na escola - pode ser que algumas famílias somente considerem que o seu filho ou sua filha “trabalham" quando levam papéis com os registros para casa; pode ser que algumas não saibam que recolher os brinquedos seja um objetivo educativo igual a aprender a escrever o próprio nome ou observar e registrar o crescimento de um pezinho de feijão.
Portanto, a letra E é a alternativa correta.
Gabarito do Professor: Letra E.