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ID
334489
Banca
FCC
Órgão
TRT - 23ª REGIÃO (MT)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Após a década de 1950, as palavras que dominavam as
sociedades de consumo ocidentais não eram mais as de
escritores seculares, mas as marcas comerciais de produtos ou
do que se podia comprar. As imagens que se tornaram ícones
de tais sociedades eram as das diversões e consumo de
massa: astros e latas. Não surpreende que na década de 1950,
no coração da democracia de consumo, a principal escola de
pintores abdicasse diante de fabricantes de imagens tão mais
poderosas que a arte anacrônica. A arte pop passava o tempo
reproduzindo, com tanta exatidão e insensibilidade quanto
possível, os badulaques do comercialismo americano: latas de
sopa, bandeiras, Marilyn Monroe.
Insignificante como arte (no sentido que o século XIX
deu à palavra), essa corrente, apesar disso, reconhecia que o
riunfo do mercado de massa se baseava, de modo bastante
profundo, na satisfação das necessidades tanto espirituais
quanto materiais dos consumidores, fato do qual as agências de
publicidade há muito tinham consciência quando destinavam
suas campanhas a vender não o sabonete, mas o sonho de
beleza, não as latas de sopa, mas a felicidade familiar. O que se
ornou cada vez mais claro foi que isso tinha o que se podia
chamar de uma dimensão estética, uma criatividade de base,
ocasionalmente ativa mas sobretudo passiva, que os produtores
inham de competir para oferecer. Como dizia o populismo
partilhado pelo mercado, o importante não era distinguir entre
bom e ruim, elaborado e simples, mas no máximo entre o que
atraía mais ou menos pessoas. Isso não deixava muito espaço
para o clássico conceito das artes.


(Adaptado de Eric Hobsbawm. Era dos Extremos. Trad. Marcos
Santarrita. São Paulo, Cia. das Letras, 2006, p. 496)

No texto, o autor

Alternativas
Comentários
  • No primeiro parágrafo o autor introduz o assunto:

    Após a década de 1950, as palavras que dominavam as 
    sociedades de consumo ocidentais não eram mais as de 
    escritores seculares, mas as marcas comerciais de produtos ou 
    do que se podia comprar. As imagens que se tornaram ícones 
    de tais sociedades eram as das diversões e consumo de 
    massa: astros e latas. Não surpreende que na década de 1950, 
    no coração da democracia de consumo, a principal escola de 
    pintores abdicasse diante de fabricantes de imagens tão mais 
    poderosas que a arte anacrônica. A arte pop passava o tempo 
    reproduzindo, com tanta exatidão e insensibilidade quanto 
    possível, os badulaques do comercialismo americano: latas de 
    sopa, bandeiras, Marilyn Monroe. 


    Depois ele continua demosntrando o que foi dito e conclui

    Como dizia o populismo 
    partilhado pelo mercado, o importante não era distinguir entre 
    bom e ruim, elaborado e simples, mas no máximo entre o que 
    atraía mais ou menos pessoas. Isso não deixava muito espaço 
    para o clássico conceito das artes. 
  • Se no enunciado diz: "No texto, o autor" demonstra... (gabarito).

    Se demonstra, onde está século XX no texto?

    Só vi demostrar a situação de consumo no século XIX.
  • gabarito "E"


    (09/03/2015)