Eu pediria recurso para essa questão:
TESTE DE WEBER: Nos casos em que a audição é normal ou existe perda igual em ambas as orelhas, ele dirá que escuta apenas no local em que o diapasão foi colocado; na fronte, diz-se então que o Weber foi central (ou indiferente).
Quando o paciente escuta melhor o diapasão na mesma orelha em que tem melhor audição, diz-se que o Weber lateraliza para o lado melhor e é característico de lesão sensorioneural no lado comprometido. Se, no entanto, o Weber lateralizar para o lado em que o paciente escuta pior, diz-se que a perda de audição na orelha comprometida é de condução.
TESTE DE RINNE: Quando o paciente escuta mais forte pela via aérea do que pela óssea, diz-se que o Rinne é positivo; se o paciente escuta apenas pela via aérea, diz-se que é positivo patológico. O Rinne positivo costuma ser compatível com audição normal ou com perdas sensorioneurais moderadas, e o Rinne positivo patológico, com perdas mais severas.
Quando o paciente escuta melhor pela via óssea do que pela aérea, diz-se que o Rinne é negativo. Eventualmente, o paciente pode ouvir apenas pela via óssea, o que caracteriza o Rinne negativo patológico. Essa eventualidade deve ser analisada com cuidado, pois o paciente pode escutar pela orelha oposta (audição contralateral). Nesses casos, deve-se verificar como foi a resposta ao teste de Weber. No caso de um paciente apresentar um teste de Rinne negativo patológico (por exemplo, escuta apenas por via óssea na orelha esquerda) e o Weber lateralizar para a orelha melhor (orelha direita), pode-se, com alto grau de certeza, afirmar que naquela orelha (esquerda) não existe audição e que a resposta ao teste de Rinne foi lateralizada para a orelha melhor.
Fonte: Tratado de Fonoaudiologia, 3ª edição, 2013.