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ID
3352876
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de São Roque - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Briga de casal

        Ana teve uma discussão com o marido e se trancou no quarto, chateadíssima. Encostou-se na cama, fechou os olhos e começou a respirar fundo para se acalmar, porque o que sentia naquela hora era vontade de avançar nele. Mas o cansaço falou mais alto que a raiva. Um trabalho estressante, filhos dando preocupações, pais idosos para cuidar. A exaustão cobrou seu preço e Ana adormeceu.

      Quando acordou, ela lembrou-se que tinha discutido com o marido, lembrou-se da raiva que sentiu quando se fechou no quarto, mas... qual era mesmo o motivo da briga? Ana foi tomada por um esquecimento total, irremediável. Por nada deste mundo conseguia se lembrar. O esgotamento que vem enfrentando parece ter comprometido profundamente a memória dela. Ela se esquece de tudo e, naquele momento, o motivo da briga havia sumido completamente de sua cabeça.

      Ana saiu do quarto devagar, foi até a cozinha, preparou um chá e voltou para o quarto. Daí a pouco, Douglas, o marido, entrou, já era hora de dormir, e perguntou: “Tá mais calma?”. Ela sacudiu a cabeça, dizendo: “Você não é fácil...” e voltou a ler um livro em silêncio até adormecer. Na manhã seguinte, cada um saiu correndo para o trabalho, à noite eles se encontraram como se na véspera nada houvesse acontecido e até hoje Ana não tem a menor ideia do que a fez brigar com o marido.

      A maioria das brigas de casais é provocada por razões absolutamente tolas, risíveis, motivos que merecem ser esquecidos. Se as pessoas fizessem as contas de quanto tempo já perderam nessas discussões desnecessárias, o resultado seria assustador. É muito desperdício de vida. São tardes jogadas pela janela, sábados que não voltam mais, noites que poderiam ser dedicadas a um bom filme, manhãs de verão que poderiam ter se desdobrado em dias de absoluta leveza, em vez de produzir amargura, ressentimento, mau humor e fazer as pessoas consumirem mais um comprimido para dor de cabeça ou dor de estômago.

(Leila Ferreira. Viver não dói. São Paulo: Globo, 2013. Adaptado)

Conforme a leitura do 3º parágrafo, é correto afirmar que Douglas teve, em relação à mulher, uma atitude

Alternativas
Comentários
  • Assertiva e

    Douglas teve, em relação à mulher, uma atitude "tranquila."

  • GABARITO: LETRA E

    ? Ana saiu do quarto devagar, foi até a cozinha, preparou um chá e voltou para o quarto. Daí a pouco, Douglas, o marido, entrou, já era hora de dormir, e perguntou: ?Tá mais calma??. Ela sacudiu a cabeça, dizendo: ?Você não é fácil...? e voltou a ler um livro em silêncio até adormecer. Na manhã seguinte, cada um saiu correndo para o trabalho, à noite eles se encontraram como se na véspera nada houvesse acontecido e até hoje Ana não tem a menor ideia do que a fez brigar com o marido.

    ? Douglas foi prudente e agiu tranquilamente com a mulher.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Pra mim, perguntar se a pessoa está mais calma significa mais preocupação com a pessoa que tranquilidade. Essas questões de interpretação são muito subjetivas

  • Como a questão comenta em relação à mulher, a resposta não pode ser preocupante e sim de preocupação se fosse conforme o entendimento aventado pela colega, acredito, por isso a resposta que cabe corretamente é a "tranquila". Preocupante seria uma ação que trouxesse preocupação a ela, visto que em relação à...

  • Douglas se manteve tranquilo.

    O texto nao declarou sinais de preocupação por parte dele, por exemplo indo procurá-la ou se importando em levar um chá.

    O texto declara que ele falou com ela somente quando foi se deitar, ou seja, nao foi por preocupação a ela.

  • A atitude dele foi de preoupação, porém não preocupante.

    Uma atitude preocupante é uma atitude perigosa, que causa consternação.

    Por exemplo:

    -Se eu pego um revólver e prometo atirar na primeira pessoa que passar na minha frente, essa minha atitude é preocupante. É uma atitude que merece atenção por parte dos demais, pois eu estou prestes a matar alguém.

    Contudo, no texto em questão, o marido fez apenas uma pergunta à mulher. A pergunta foi DE PREOCUPAÇÃO/ATENÇÃO/DEMONSTROU PREOCUPAÇÃO. Contudo, a pergunta não foi PREOCUPANTE.

    PREOCUPANTE não é o adjetivo cabível para o substantivo PERGUNTA, mas sim TRANQUILA.

  • não tem nada de subjetivo na questão, é só ficar "preso" ao texto e ao que a questão pede, sem criar entrelinhas.

  • Se a banca quisesse aceitar a letra "C",tambem aceitaria.

  • subjetivo demais
  • Questões que exigem interpretação de textos deveriam ser mais objetivas. Esse tipo de texto, ao estilo Clarisse Lispector, contem muitas "sentenças abertas" que oferecem várias interpretações a depender do leitor.