[...] de acordo com o Modelo de Tratamento Integrado defendido por Drake e colaboradores (1998). Esse modelo sugere que os profissionais, ou o grupo multidisciplinar de profissionais de um mesmo contexto, promovam intervenções integradas, dirigidas às patologias psiquiátricas e ao transtorno por uso de substâncias.
Outros preceitos do Modelo de Tratamento Integrado devem ser enfatizados:
* Este modelo costuma ser realizado no contexto ambulatorial, preferencialmente;
* O conhecimento sobre os transtornos por uso de substâncias (TUS) deve permear as diversas aplicações dos programas de saúde mental, tais como "gerenciamento de caso", aconselhamento individual, intervenções de grupo, psicoeducação familiar, manejo psicofarmacológico, organização financeira, acompanhamento domiciliar e reabilitação vocacional. Esses aspectos abrangem características específicas e refletem uma noção adequada dos dianósticos co-mórbidos;
* A dificuldade destes pacientes em vincular-se a um serviço e manterem adesão ao tratamento também deve ser abordada;
* Os profissionais que integram os programas de tratamento devem reconhecer que em tas condições co-mórbidas a perspectiva de remissão dos pacientes deve ser de longo prazo;
* Os programas desenvolvidos para atender aos pacientes que apresentam a co-morbidade devem abranger também intervenções motivacionais, destinadas àqueles pacientes que ainda não reconhecem a necessidade de tratamento ou não desejam tratar-se.
CORDIOLI, Aristides Volpato. Psicoterapias:Abordagens atuais. Artmed, 2008, p.589