Alternativas
As duas escolas distintas de explicação do ressurgimento da inflação, nos anos 70 e 80, consistiam, de um lado, dos ortodoxos, de tradição clássica e, de outro lado, os heterodoxos, que não seguiam a antiga escola estruturalista.
O Plano Cruzado adotou o congelamento de preços e salários por prazo indeterminado e promoveu o ajuste fiscal com base na reforma fiscal de dezembro de 1985, que aumentou o imposto de renda sobre ganhos de capital das operações financeiras. Por isso, a ruptura do processo inflacionário, nesse período, não contou com a simpatia da maior parte da população.
Nos anos de 1979 e 1980, a política heterodoxa adotada baseou-se no controle dos juros e em uma maior indexação dos salários, seguida de desvalorização cambial com prefixação da correção monetária.
A política macroeconômica que vigorou entre 1981 e 1982 foi direcionada, basicamente, para aumentar a necessidade de divisas estrangeiras por intermédio do controle da absorção interna.
O programa de estabilização da economia brasileira adotado a partir de fevereiro de 1986 favoreceu a interpretação de que a inflação no Brasil era predominantemente decorrente da falta de controle nos gastos públicos.