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ID
3370285
Banca
IADES
Órgão
HEMOPA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A irradiação de hemocomponentes é realizada para prevenir a doença do enxerto versus hospedeiro transfusional (TA-GVHD), complicação imunológica usualmente fatal, causada pela enxertia e pela expansão clonal de células sanguíneas do doador em receptores suscetíveis. Essas células são denominadas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA A, linfócitos.

    FUNDAMENTO:

    DOENÇA ENXERTO CONTRA HOSPEDEIRO PÓS-TRANSFUSIONAL (DECH-PT): também chamada de doença enxerto versushospedeiro pós-transfusional- DEVH-PT. Trata-se de uma complicação geralmente fatal, e, felizmente, rara. É ocasionada pela transfusão de linfócitos T viáveis do doador, que proliferam no receptor imunossuprimido. Ao reconhecerem como estranho o organismo que passaram a habitar, esses linfócitos T promovem um “ataque imunológico” contra os tecidos e órgãos do receptor. Em imunocompetentes, os linfócitos transfundidos são destruídos pelo sistema imune do receptor. Porém, pode ocorrer em imunocompetentes, no caso de transfusão consanguínea (parentes de 1e 2graus)

    FONTE: LIVRO ENFERMAGEM EM HEMOTERAPIA. DELAINE FIDLARCZYK e SONIA SARAGOSA FERREIRA. MEDBOOK, 2008

  • Antes de analisar a questão, gostaria enfatizar que é necessário que o aluno tenha conhecimento sobre Exames Laboratoriais e informações pertinentes sobre Hemotransfusão.

    Segundo o Guia para o uso de Hemocomponentes do Ministério da Saúde (2015) a “irradiação dos hemocomponentes é realizada para a prevenção da doença do enxerto versus hospedeiro associada à transfusão (DECH AT), complicação imunológica usualmente fatal, causada pela enxertia e expansão clonal dos LINFÓCITOS do doador em receptores suscetíveis. Com a finalidade de prevenir esta complicação, os hemocomponentes celulares (concentrado de hemácias e de plaquetas) devem ser submetidos à irradiação gama na dose de, pelo menos, 2500cGy (25Gy), impossibilitando a proliferação dos linfócitos".

    Indicações: Transfusão intrauterina; Exsanguíneo transfusão, obrigatoriamente, quando houver transfusão intra-uterina prévia; Recém nascidos prematuros (inferior a 28 semanas) e/ou de baixo peso (1.200g); Portadores de imunodeficiências congênitas graves; Pós transplante de medula óssea autóloga ou alogênico; Pós transplante de célula progenitora hematopoiética (CPH) de cordão umbilical ou placenta; Pacientes tratados com análogos da purina; fludarabina, cladribi ne, deoxicoformicina;

    Receptor de transplante de órgãos sólidos em uso de imunossupressores; Portadores de linfomas, leucemia mielóide aguda e anemia aplástica em tratamento quimioterápico ou imunossupressor (ou recente, usualmente < 6 meses); Receptor de concentrado de plaquetas HLA compatíveis; Quando o receptor tiver qualquer grau de parentesco com o doador.

    Gabarito do Professor:Letra A. 

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Guia para uso de hemocomponentes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada e Temática. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015