(...)os profissionais terão critérios para avaliar o enredo, a estrutura e a dinâmica do sistema familiar, elaborando um plano de trabalho multidisciplinar com as estratégias mais adequadas e possíveis. Sugerem-se formas de atuação da equipe que fortaleçam: (1) a competência da família em garantir a sobrevivência material dos seus membros
utilizando sua rede social primária (parentes, amigos e vizinhos), as instituições e as redes sociais
comunitárias; (2) suas relações afetivas e novas possibilidades de agir, pensar e conviver; (3) sua participação social e comunitária enquanto exercício de cidadania.
Essa atuação pode ser realizada de diferentes maneiras, como:
– Oferecimento de acolhimento, escuta regulares e periódicas;
– Grupos de orientação aos familiares;
– Grupos de cuidado aos cuidadores;
– Intervenções domiciliares que diminuam a sobrecarga da família cuidadora;
– Oferecimento de dispositivos da rede social de apoio onde os familiares cuidadores de pessoas com sofrimento psíquico possam ter garantido também espaços de produção de sentido para sua vida, vinculadas a atividades prazerosas e significativas a cada um.(p.64)
Cadernos de Atenção Básica, n. 34, Saúde Mental