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A Revolução Pernambucana de Março de 1817 baseou-se nos sentimento de descontentamentos resultantes das condições econômicas e dos privilégios concedidos aos portugueses no Brasil, além disso, o peso dos impostos aumentou, pois agora a colônia tinha de suportar sozinha as despesas da corte que se estabeleceu no Rio de Janeiro e os gastos das campanhas militares que o rei promoveu no Rio do Prata.Por fim, em Maio de 1817, as tropas portuguesas ocuparam Recife e reprimiram o movimento
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GABARITO: CERTO
Para resolver essas questões do processo de independência é extremamente importante entender a Revolução Pernambucana de 1817. A província de Pernambuco na época era extremamente rica em comparação com outras do Brasil, sendo o eixo Recife-Olinda um dos mais populosos do país. A mudança da corte portuguesa de Lisboa para o Rio de Janeiro e suas consequências foram extremamente mal vistas em outras províncias brasileiras, em especial em Pernambuco. A corte aumentou os impostos para manter o luxo na nova capital e praticamente não havia dinamismo político no país: as ordens vinham do Rio sem discussão, o que como o enunciado diz, causou uma sensação de colonialismo interno. Embebidos de ideias revolucionárias vindas dos Estados Unidos e da França, os revoltosos pernambucanos rompem com o Rio e instauram uma república que dura apenas 75 dias. Novamente com ajuda do enunciado, é possível dizer que essa revolução foi rapidamente debelada, mas a sua influência permaneceu no imaginário brasileiro. Posteriormente outra revolta vai explodir: a Confederação do Equador de 1824, e dessa vez não somente em Pernambuco, mas com o apoio de outras províncias do Nordeste também.
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A vinda da corte portuguesa para o Brasil atendeu aos interesses da Coroa portuguesa, ameaçada pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Ao contrário do que a historiografia tradicional defendia, não foi exatamente uma fuga. A ideia de transferência da corte para o Rio de Janeiro era defendida por uma quantidade significativa de autoridades de Portugal, uma vez que as regiões brasileiras eram as “ joias da coroa" . A economia portuguesa dependia, e muito, do fornecimento de riquezas de suas colônias e, entre elas, a mais importante era a região do Brasil.
D, João, regente de Portugal em nome de sua mãe D. Maria I, relutou – como era seu hábito – em tomar uma decisão definitiva, sendo pressionado por ingleses e por seus assessores. Quando as tropas francesas se aproximaram, a decisão foi tomada e a vinda organizada às pressas , embora já houvesse planos em andamento. Uma das maiores provas da existência de planos prévios é a transferência da Biblioteca Real de Lisboa para o Rio de Janeiro. Não se transfere uma biblioteca com 60 mil volumes devidamente catalogados sem planejamento cuidadoso. Foram três viagens para trazer todos os livros. Em 1810 já estava em funcionamento a Biblioteca Real no Rio de Janeiro
No entanto, a região colonial não estava preparada e a adaptação não foi simples. Impostos foram cobrados de várias regiões para manter uma corte perdulária e em grande parte ociosa. Os benefícios do período joanino não alcançaram todas as capitanias. Umas, como Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, já lutavam com problemas econômicos por conta da concorrência do algodão dos EUA e do açúcar de regiões caribenhas, produtos de exportação fundamentais da região NE. A situação foi agravada com os impostos cobrados por conta da vinda da corte, sem que houvesse uma contrapartida econômica ou política para as elites ou uma melhoria de condições de vida da população em geral.
Além disso, cargos políticos e regalias foram dados a elementos das elites do Rio de Janeiro e arredores.
Assim sendo, criava-se um desequilíbrio entre as capitanias. Aquelas geograficamente mais distantes da Corte - Rio de Janeiro - auferiam menos benefícios da vinda da corte portuguesa .
Por conta da breve análise feita acima podemos, então, concluir que a afirmativa apresentada é correta. A conjuntura da Revolução Pernambucana em muito se relaciona com a vinda da corte portuguesa para o Brasil, na medida em que é agravada a situação de crise econômica e de penúria que assolava principalmente as capitanias do NE, o que explica a ideia de um “colonialismo interno".
RESPOSTA : AFIRMATIVA CORRETA
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Apenas um adendo: o século XIX é marcado por grandes rebeliões de cunho separatistas.
É curioso salientar que embora Portugal tenha mantido uma monarquia após a independência da sua principal colônia- tensões sociais continuaram a se estabelecer nos trópicos.
A Revolução Pernambucana é um bom exemplo desses conflitos.
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DISCORDO DA PARTE QUE A QUESTÃO FALA (RAPIDAMENTE DEBELADA ) A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817 DUROU +- 74 DIAS NO PODER.
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A vinda da corte portuguesa para o Brasil atendeu aos interesses da Coroa portuguesa, ameaçada pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Ao contrário do que a historiografia tradicional defendia, não foi exatamente uma fuga. A ideia de transferência da corte para o Rio de Janeiro era defendida por uma quantidade significativa de autoridades de Portugal, uma vez que as regiões brasileiras eram as “ joias da coroa" . A economia portuguesa dependia, e muito, do fornecimento de riquezas de suas colônias e, entre elas, a mais importante era a região do Brasil.
D, João, regente de Portugal em nome de sua mãe D. Maria I, relutou – como era seu hábito – em tomar uma decisão definitiva, sendo pressionado por ingleses e por seus assessores. Quando as tropas francesas se aproximaram, a decisão foi tomada e a vinda organizada às pressas , embora já houvesse planos em andamento. Uma das maiores provas da existência de planos prévios é a transferência da Biblioteca Real de Lisboa para o Rio de Janeiro. Não se transfere uma biblioteca com 60 mil volumes devidamente catalogados sem planejamento cuidadoso. Foram três viagens para trazer todos os livros. Em 1810 já estava em funcionamento a Biblioteca Real no Rio de Janeiro
No entanto, a região colonial não estava preparada e a adaptação não foi simples. Impostos foram cobrados de várias regiões para manter uma corte perdulária e em grande parte ociosa. Os benefícios do período joanino não alcançaram todas as capitanias. Umas, como Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, já lutavam com problemas econômicos por conta da concorrência do algodão dos EUA e do açúcar de regiões caribenhas, produtos de exportação fundamentais da região NE. A situação foi agravada com os impostos cobrados por conta da vinda da corte, sem que houvesse uma contrapartida econômica ou política para as elites ou uma melhoria de condições de vida da população em geral. Além disso, cargos políticos e regalias foram dados a elementos das elites do Rio de Janeiro e arredores.
Assim sendo, criava-se um desequilíbrio entre as capitanias. Aquelas geograficamente mais distantes da Corte - Rio de Janeiro - auferiam menos benefícios da vinda da corte portuguesa . Por conta da breve análise feita acima podemos, então, concluir que a afirmativa apresentada é correta. A conjuntura da Revolução Pernambucana em muito se relaciona com a vinda da corte portuguesa para o Brasil, na medida em que é agravada a situação de crise econômica e de penúria que assolava principalmente as capitanias do NE, o que explica a ideia de um “colonialismo interno".