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ID
3386179
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que concerne aos projetos de implantação do federalismo no Brasil e aos respectivos desdobramentos nos planos interno e externo durante o período regencial, julgue (C ou E) o item a seguir.



O reconhecimento das independências da República do Piratini e, de maneira mais efêmera, da República Juliana, pelos governos da Argentina, do Uruguai, do Paraguai e da Itália, constitui elemento evidente da capacidade de articulação interna e externa dos grupos envolvidos na Revolução Farroupilha. Para debelar a revolta, o governo imperial viu-se forçado, no plano interno, a fazer uma série de concessões aos líderes da revolução e, no plano externo, a desenvolver uma política mais agressiva contra o governo de Juan Manuel Rosas, que apoiava os insurgentes farroupilhas.

Alternativas
Comentários
  • República Rio-Grandense ou de Piratini e República Juliana não foram reconhecidas por nenhuma nação.

  • É importante ressaltar que Rosas também era um charqueador, como é estudado nas obras de Doratioto, assim, os Farroupilhos eram visto, por Rosas, como concorrentes, também, os Farroupilhos utilizavam o porto de seu inimigo em Montevidéu para o comércio.

    Na analise do restante da questão, aplica-se a famosa teoria que diz que se nunca li nada a respeito disso (reconhecimento da independência do Piratini) então deve ser falso kk

  • Rosas não apoiava os farroupilhas.

  • governo imperial

    Posso esta enganado, mas o que me fez considerar a questão de fato errada foi essa parte. O governo no período era o regencial, governo de trânsito para o imperial, mas não podemos dizer que era imperial.

    Se a republica de Piratini foi ou não reconhecida pelos países citados eu sinceramente não li nada sobre.

  • Nem a República Rio-Grandense e nem a República Juliana foram reconhecidas por nenhum outro Estado.

  • Detalhe: não havia uma Itália unificada para reconhecer qualquer independência no período da Revolução Farroupilha (1835-1845), a unificação da Itália só ocorre em 1861. Se algum Reino ou Estado, do que viria a formar a Itália, tivesse reconhecido a independência naquele momento, teria sido o Reino da Sardenha, Reino das Duas Sicílias, Reino de Veneza, Estados Papais, etc.

  • Gabarito: Errado

    A Revolução Farroupilha, ocorrida no extremo sul do país entre 1835 e 1845, foi fruto de uma insurreição gaúcha que liderou um esforço separatista frente ao governo central em decorrência de gravíssimos descontentamentos tributários dentro da oligarquia da região.

    A questão fala do reconhecimento da República do Piratini, mais conhecida como República Riograndense, foi proclamada em 11 de setembro de 1836 pelo general Antônio de Sousa Neto e foi presidida por Bento Gonçalves e Gomes Jardim. Entretanto, contrariamente ao afirmado no item, nunca obteve reconhecimento internacional formal, com exceção do Uruguai. A República do Piratini seria dissolvida em 1845 na ocasião da celebração dos acordos de paz com o governo central, quando o Rio Grande do Sul volta a ser parte do Império do Brasil sem maiores contestações.

     

    Em relação à República Juliana, esta correspondeu à brevíssima adesão de Santa Catarina à revolta gaúcha em 1839, proclamando uma república e declarando-a confederada à República do Piratini. Fundada pelo general Canabarro, a República Juliana durou menos de quatro meses, sendo debelada em novembro de 1839, quando as tropas legalistas do Brasil tomaram Laguna, sua capital. Até por sua brevidade, da mesma forma que a República do Piratini, a República Juliana jamais foi reconhecida internacionalmente e sua experiência foi logo sufocada pelos esforços do Império.

     

    Por fim, os termos de paz firmados em 1845 garantiram algumas reivindicações aos rebeldes, isso é verdade. Eles até conseguiram introduzir alguns artigos da República do Piratini em suas formas de organização provincial, mas não como afirmado na questão, que afirma que houve uma série de concessões. Entretanto, as tensões contra Juan Manuel Rosas se tornariam insuportáveis em 1851, quando o governo brasileiro empreendeu então, uma ação "preventiva" contra a Argentina de Rosas, assim como e o Uruguai de Oribe, destruindo as pretensões argentinas sobre o restabelecimento de um grande Vice-Reinado do Prata sob o controle de Buenos Aires. No entanto, importante destacar que na Guerra do Prata (1851-1852), o governo imperial contou com grande apoio de antigos membros farroupilhas, que também viam com péssimos olhos as pretensões imperialistas de Rosas.

    Portanto, item ERRADO.

  • A república Rio grandense chegou a assinar tratados com os colorados Uruguaios liderados por Rivera e provinciais Argentinas de Entre ríos e Corrientes: Tratado de Caingue (1838), Tratado de SAN Fructuoso (1841) Convênio de Corrientes (1842). Então a parte do reconhecimento por outros estados não está totalmente errada, apesar de questionável “Itália” pois sequer existia ainda. Quanto à política imperial, foi o contrário: Dom Pedro tentou se aproximar de Rosas (assinam Tratado em 1843), mas depois da Batalha de Arroyo Grande (vitória de Oribe no interior do Uruguai, praticamente isolando os colorados em Montevideu) , Rosas se afasta e não ratifica o documento. Resultado: império e Farroupilhas sem entendem, com grandes concessões aos gaúchos, e só depois da Paz de Poncho Verde o império consegue se organizar contra Rosas.
  •  Juan Manuel Rosas não apoiava os Farroupilhas do RS.

    GAB. ERRADO.

  • Em razão da Revolução Farroupilha, o governo brasileiro precisou abrir mão de uma política mais agressiva na região do Prata, chegando a promover acordos com Buenos Aires. A situação só se modifica com o fim da revolta, quando o Império adere à coalizão contra Rosas, que é derrotado em 1852.