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ID
3386200
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando as pressões britânicas pelo fim do tráfico atlântico de escravizados e as posições brasileiras acerca do tema a partir da década de 1840, julgue (C ou E) o item a seguir.



No interior do território brasileiro, ocorreu forte pressão dos proprietários de escravizados por modificações ou mesmo revogação da Lei de 7 de novembro de 1831. As posturas de defesa do tráfico apelavam à soberania nacional e à necessidade de mão de obra.

Alternativas
Comentários
  • GAB: C

    Lei Feijó, também conhecida como Lei de 7 de novembro de 1831 (data de sua promulgação), foi a primeira lei a proibir a importação de escravos no Brasil, além de declarar livres todos os escravos trazidos para terras brasileiras a partir daquela data.

    O governo brasileiro se esforçou por quase cinco anos para aplicá-la, mas depois passou a ser "lei para inglês ver". Somente com a Lei Eusébio de Queirós, de 1850, o tráfico negreiro passou a ser efetivamente combatido pelo Império Brasileiro.

  • A Lei Feijó decorreu em grande medida do acordo brasileiro com a Inglaterra firmado em 1827, no contexto do reconhecimento da Independência. Nele estava previsto que dentro de 3 anos o Brasil extinguiria o tráfico negreiro.

  • GAB C-COMPLEMENTO

    Leis abolicionistas: 

    -A Lei Feijó, também conhecida como Lei de 7 de novembro de 1831 (data de sua promulgação), foi a primeira lei a proibir a importação de escravos no Brasil, além de declarar livres todos os escravos trazidos para terras brasileiras a partir daquela data. 

    -Não foi uma lei abolicionista no Brasil, mas foi importante também. A lei Bill Aberdeen foi uma lei inglesa aprovada em 1845, que concedia direitos à Marinha Real britânica de atuar de maneira rígida contra o tráfico negreiro, que trazia milhares de africanos para o Brasil anualmente. Essa medida drástica foi tomada pela Inglaterra por conta da falta de iniciativas do governo brasileiro em pôr fim ao tráfico de escravos. 

    1-Eusébio de queirós (1850): proibia o tráfico negreiro. 

    2-Lei do ventre livre/ rio branco (1871): libertava os bebês nascidos dos escravos brasileiros, mas, na prática, fez com que eles ficassem na escravidão até os 21 anos. 

    3-Lei do sexagenário/ saraiva-cotegipe (1887): maiores de 60 anos eram livres. 

    4-Lei Áurea (1888): fim da escravidão. 

    1. não pode ser vista como uma concessão da monarquia, sendo resultado de um longo processo de luta e resistência que contou com a presença ativa de escravizados e escravizadas para sua libertação do cativeiro. 
    2. Escravizados receberam apoio de muitos setores da sociedade da época ligados ao movimento abolicionista, sendo Luís Gama, filho de escrava e advogado autodidata, um dos personagens mais célebres e atuantes, empenhando-se na libertação de centenas de cativos e cativas. 
    3. Os segmentos da sociedade adeptos do regime escravista defendiam a “emancipação gradual” e nutriam o profundo receio de que a abolição imediata da escravidão trouxesse desorganização econômica e provocasse o caos social. 
    4. abolição não foi acompanhada das reformas necessárias para a inclusão social dos libertos e seus descendentes. 

  • O ínterim da escravidão no Brasil no século XIX passa, necessariamente, pela resistência dos senhores em acatar o fim do comércio de escravos. O tráfico (que passou a sê-lo em 1831, após a Lei Feijó) atingiu níveis surreais no Brasil nas décadas de 1830 e 40, e, quando da promulgação da Lei Eusébio de Queiróz (1850), o comércio de cativos interprovincial se acentuou dramaticamente, ocorrendo o mesmo com o furto de escravos advindos de propriedades menores.