SóProvas


ID
3386230
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O período de 1930 a 1945 foi decisivo para a emergência de um conjunto de reformas que modificaram profundamente as relações de produção e de trabalho no País. Quanto a esses temas, julgue (C ou E) o item a seguir.



Os industriais tornaram-se mais coesos no esforço de defender os próprios interesses de forma autônoma. A configuração de uma política industrialista amparou-se, entre outros fatores, no argumento de que o fortalecimento da indústria era decisivo para se atingir a independência econômica nacional.

Alternativas
Comentários
  • A industrialização e urbanização do centro sul no Brasil, particularmente em São Paulo , em menor escala, no Rio de Janeiro, teve impulso significativo à época da primeira grande guerra em função da dificuldade de importação de manufaturados e à disponibilidade de capitais para aplicação na indústria oriundos da produção do café. Foi ainda a cafeicultura que propiciou a infra estrutura mínima necessária ao processo industrial. A industrialização avança de maneira significativa e com apoio estatal a partir do movimento de 1930.É clara a política industrializante de Vargas entre 1930 e 1945.

    Assim, a burguesia urbana, que nasce das entranhas das oligarquias rurais e com ela se articula, vai assumindo o seu papel de protagonista – mesmo que não único - no cenário político econômico do país. A industrialização era entendida, à época, como o grande vetor do progresso. Para um país progredir era fundamental desenvolver a indústria, e, se possível dentro de uma lógica nacionalista. Progresso era entendido como sinônimo de industrialização e urbanização.

    Por conseguinte, para o Brasil alcançar uma posição de peso no cenário internacional e construir verdadeiramente a independência nacional era fundamental uma política industrializante e a hegemonia política daqueles que investiam na indústria: o empresariado urbano. A afirmativa apresenta uma ideia de história correta.

    RESPOSTA: AFIRMATIVA CERTA
  • Foi um período de diversificação da economia que era centrada na cafeicultura , investiu-se e criou-se a vale , petobras e etc

  • Até vargas a política econômica brasileira era amparada quase em sua totalidade no café. Logo muitas medidas eram realizadas para manter a produção e incentivar os produtores a produzirem mais, a julgar pelas recorrentes desvalorizações da moeda nacional para manter o lucro dos produtores bem como a compra por parte do país do excedente que não era vendido. Dessa forma desenvolveu-se uma dependência muito grande sobre essa cultura, o que levou o país a uma crise após a quebra da bolsa de NY e redução da demanda mundial pelo café. Vargas ao assumir uma de suas primeira medidas foi mandar queimar todo o estoque de café. Passou a incentivar os cafeicultores a investir em outros setores como comerciais e industriais para diversificar a economia. Além disse, Getúlio criou a indústria de base, e atendeu as solicitações populares, salário mínimo, jornada de trabalho, leis trabalhistas etc, de forma a possibilitar a formação de um mercado consumidor interno viabilizando a industrialização.

  • gabarito certo

    após a crise de 1929 (Crash da bolsa de NY) muitos produtores de café passaram a investir na indústria, a qual cresceu

    significativamente entre 1889 e 1920. Isto se deu em virtude da busca pela substituição das importações ao Brasil, sobretudo durante a Primeira Guerra (1914-1918), que dificultou a exportação, fazendo com que a indústria brasileira se desenvolvesse. De início, ela se inseriu na fabricação de tecidos, calçados, materiais de construção, alimentos e móveis. O setor industrial empregava um número elevado de operários, o que mudou a configuração social do Brasil, sobretudo a das cidades e centros urbanos

    bons estudos

    discas no insta: https://www.instagram.com/concurseiro_pmpr/

  • 1929, quebra da bolsa > menos café é exportado.

    cafeicultores ficam com seu dinheiro "parado" precisaram investir > surgem industrias, justamente em são paulo pois lá era o local de concentração do café e por consequência do capital.

    trabalhadores deixam o campo e passam a ir para as industrias ( café em queda)

    oque pode causar dúvida, mesmo se tratando de sindicatos "pelegos" ( o estado os comprava), as manifestações eram "genuínas", e justamente pela ideia de um país de sucesso se amparar em industrias, vargas concedeu tantos direitos aos trabalhadores: para acalmar as manifestações e ao mesmo tempo se manter com uma boa imagem.

  • Oi pessoal!

    Essa questão abre margem para pensarmos em alguns temas entre 1920 em diante. Aliás, o processo de industrialização e modernização do país tem nesse período sua base que ati

  • Oi pessoal!

    Eu acho essa questão bastante interessante, já que ela abre margem para pensarmos em alguns aspectos dos anos 1920-1930 e da base de modernização e industrialização do Brasil. Os reflexos das políticas analisadas pela questão são perceptíveis até a década de 1980!

    Considerando o cenário de ruptura com o modelo agrário-exportador (a cafeicultura paulista) o grupo industrial busca consolidar sua pauta como uma alternativa para a Crise de 1929: um discurso que vinha ganhando corpo desde 1.920 com a criação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a crescente busca por participação nos cenários institucionais decisórios, isto é, os conselhos técnicos e comissões.

    Entretanto, essa burguesia industrial não fez isso sozinha. A presença dos militares nas pautas do petróleo e da siderurgia é importantíssima para que o tema ganhe contornos de soberania nacional. Por isso, achei complicada a afirmação de que "os industriais tornaram-se coesos no esforço de defender os próprios interesses de forma autônoma". 

    Além disso, Vargas não tinha uma política industrialista em si. Um exemplo disso é a questão do petróleo. Criado em 1935, o Conselho Federal de Comércio Exterior (CFCE) liderado por Euvaldo Lodi, sugere a participação de investimento privado nacional nas instalações de refinarias. Lodi propunha que o Estado deveria controlar a importação e a oferta de petróleo no mercado brasileiro, e o processamento e distribuição ficariam a cargo do empresariado nacional. Esse discurso foi adotado pelos setores militares, reafirmando que o petróleo é tema estratégico para segurança e soberania nacionais. Ainda que tenham encontrado eco, as propostas do CFCE não foram concretizadas na prática. O Conselho Nacional do Petróleo (1938), liderado pelo general Horta Barbosa, representava o primeiro esforço para discussão e formulação das políticas de exploração, produção e distribuição de derivados de petróleo. Apenas a Petrobras (1950) que resolveu as controvérsias dos limites de atuação do Estado brasileiro nesse tema.

    No meu entender, Vargas acabou "dançando conforme a música" e dando respostas muito mais contingenciais do que estabelecendo um projeto de industrialização.

  • Item correto.

    Com o efeito negativo da crise de 29 sobre o preço do café, o que deixou evidente a situação precária no país em manter-se na dependência estrita da exportação de um só produto-chave, resultando a orientação do governo revolucionário em estimular o desenvolvimento das indústrias, o Estado passar a investir em indústria de base, tais como Siderúrgica, de álcalis, de motores, hidrelétricas etc.