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ID
3388651
Banca
FCC
Órgão
METRÔ-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A relação causal entre a síndrome de Burnout e a condição relacionada ao trabalho é classificada, de acordo com o Ministério da Saúde (categoria II de Schilling), em

Alternativas
Comentários
  • SÍNDROME DE BURNOUT OU SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL

    A sensação de estar acabado ou síndrome do esgotamento profissional é um tipo de resposta prolongada a estressores emocionais e interpessoais crônicos no trabalho. 

    Tem sido descrita como resultante da vivência profissional em um contexto de relações sociais complexas, envolvendo a representação que a pessoa tem de si e dos outros. 

    O trabalhador que antes era muito envolvido afetivamente com os seus clientes, com os seus pacientes ou com o trabalho em si, desgasta-se e, em um dado momento, desiste, perde a energia ou se “queima” completamente. 

    O trabalhador perde o sentido de sua relação com o trabalho, desinteressa-se e qualquer esforço lhe parece inútil.

    É composta por três elementos centrais: 

    • exaustão emocional (sentimentos de desgaste emocional e esvaziamento afetivo); 

    • despersonalização (reação negativa, insensibilidade ou afastamento excessivo do público que deveria receber os serviços ou cuidados do paciente); 

    • diminuição do envolvimento pessoal no trabalho (sentimento de diminuição de competência e de sucesso no trabalho).

    A síndrome afeta principalmente profissionais da área de serviços ou cuidadores, quando em contato direto com os usuários, como os trabalhadores da educação, da saúde, policiais, assistentes sociais, agentes penitenciários, professores, entre outros.

    O tratamento da síndrome de esgotamento profissional envolve psicoterapia, tratamento farmacológico e intervenções psicossociais. Entretanto, a intensidade da prescrição de cada um dos recursos terapêuticos depende da gravidade e da especificidade de cada caso.

    A prevenção da síndrome de esgotamento profissional envolve mudanças na cultura da organização do trabalho, estabelecimento de restrições à exploração do desempenho individual, diminuição da intensidade de trabalho, diminuição da competitividade, busca de metas coletivas que incluam o bem-estar de cada um.

    Havendo evidências epidemiológicas da incidência da síndrome em determinados grupos ocupacionais, sua ocorrência poderá ser classificada como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling.

    Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho_manual_procedimentos.pdf

    página 191

  • Classificação das doenças segundo sua relação com o trabalho (Schilling) 

    I - Trabalho como causa necessária. Exemplos: Intoxicação por chumbo, Silicose. 

    II - Trabalho como fator contributivo, mas não necessário. Exemplos: Doença coronariana, Doenças do aparelho locomotor, Câncer, Burnout. 

    III - Trabalho como provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida.  Exemplos: Bronquite crônica, Dermatite de contato alérgica, Asma. 

    Portanto, a Síndrome de Burnout entra na Categoria II de Schilling que tem o trabalho como fator contributivo, mas não necessário. 

    Gabarito do Professor: Letra C 

    Bibliografia 

     
    Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde / Ministério da Saúde do Brasil, Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil; organizado por Elizabeth Costa Dias ; colaboradores Idelberto Muniz Almeida et al. – Brasília: Ministério da Saúde do Brasil, 2001. 

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Saúde do trabalhador e da trabalhadora [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Cadernos de Atenção Básica, n. 41 – Brasília : Ministério da Saúde, 2018.
  • Classificação das doenças segundo sua relação com o trabalho (Schilling)  I - Trabalho como causa necessária. Exemplos: Intoxicação por chumbo, Silicose.  II - Trabalho como fator contributivo, mas não necessário. Exemplos: Doença coronariana, Doenças do aparelho locomotor, Câncer, Burnout.  III - Trabalho como provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida.  Exemplos: Bronquite crônica, Dermatite de contato alérgica, Asma.  Portanto, a Síndrome de Burnout entra na Categoria II de Schilling que tem o trabalho como fator contributivo, mas não necessário.  Gabarito do Professor: Letra C