SóProvas


ID
3389647
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Prefeitura de Umuarama - PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                           Elogio das pequenas coisas


      Há o tempo das grandes ambições e o tempo da sabedoria, quando passamos a fazer o elogio das pequenas coisas. A felicidade pode ser fazer uma viagem ao outro lado do mundo, mas é também caminhar no parque todo dia ou, se for o caso, uma vez por semana ou duas vezes por mês. Não importa. Há o tempo das atividades controladas, monitoradas por especialistas, voltadas para atingir metas corporais. Há também aquilo que se faz pela mente, a caminhada para espairecer, olhar a natureza, respirar ar puro, pensar na vida, passar o tempo, desligar-se do celular, deixar-se levar bifurcando ao som do vento.

      Ser feliz, quando chega o tempo da compreensão da importância das pequenas coisas, é ir ao estádio com um velho amigo, ver jogar o time do coração, com o coração menos interessado na vitória obrigatória do que no momento compartilhado, contando o percurso, a ida e a volta, o intervalo, as lembranças, os assuntos postos em dia. Há o tempo de querer descobrir novos lugares, sempre mais longes, e o tempo de curtir velhos recantos, bastante próximos. Há quem considere a valorização das pequenas coisas como acomodação. Há quem veja na obrigação de rodar o mundo uma imposição da indústria do turismo. O que importa mesmo é que cada um encontre um passatempo, uma paixão.

      Há o tempo dos grandes voos no escuro e o tempo dos pequenos passos no clarão da manhã. Tudo vale quando o coração se agiganta para aninhar as coisas que não têm preço e por isso não podem ser compradas. Há o tempo das vaidades incontroláveis e o tempo de estender a mão, cancelar inimizades, pedir perdão, deslumbrar-se com o sol caindo sobre o rio, fazer trilhas sob a lua cheia, voltar ansioso para o Natal em família, saudar ano novo com amigos, pertencer a alguma coisa, um clube, uma confraria, uma tradição, uma roda qualquer. Há o tempo de esquecer de mandar flores, o tempo de encomendar flores pelo telefone e o tempo de andar orgulhoso pelo bairro com flores nos braços. Há o tempo de romper com o cotidiano, de acumular milhas de avião sem tempo de usá-las e o tempo de amar a sua rua, cumprimentar os vizinhos, amar a aldeia e andar mais lentamente.

Adaptado de:<https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/ elogio-das-pequenas-coisas-1.374386>  . Acesso em 24 out. 2019.

De acordo com as ideias expressas no texto, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta - C

    " Há o tempo das atividades controladas, monitoradas por especialistas, voltadas para atingir metas corporais. Há também aquilo que se faz pela mente, a caminhada para espairecer, olhar a natureza, respirar ar puro, pensar na vida, passar o tempo, desligar-se do celular, deixar-se levar bifurcando ao som do vento."

  • Gab: C

    A) ERRADA > Há, no texto, uma crítica evidente às pessoas que só dão valor para as grandes conquistas materiais. >> Temos uma extrapolação;

    B) ERRADA > Para o autor, uma pessoa só é feliz de verdade quando aprende a valorizar as coisas mais simples, como admirar o nascer do sol >> Novamente temos uma extrapolação, o autor deixa claro que a felicidade pode ser um ponto de vista, há quem se alegre com pouca coisa, há quem se alegra com coisas materiais, mas dá a entender que ambas são formas de se estar feliz;

    C) GABARITO > Para o autor, é importante dedicar um tempo para atividades que mantenham o corpo saudável.

    D) ERRADA > O Natal e o Ano Novo devem ser passados com a família > De novo temos uma extrapolação, a ansiedade pelo Natal em família é apenas um dos exemplos citados de pequenos momentos que induzem à felicidade.

  • ''Há o tempo de estudar e o tempo da posse''

  • Achei meio forçado. Não necessariamente essas atividades que o autor descreve mantêm o corpo saudável. Não há nada que descreva essas atividades como saudáveis. Isso foi estrapolação.

    Nenhuma resposta se encaixa.

  • A resposta C não tem nada haver com a pergunta. Pergunta digna de recurso

  • Há o tempo de xingar a banca e o tempo de aceitar ¬¬

  • Veja, o texto gira em torno de uma abstração do que pode ser motivo de felicidade e o autor é extremamente enfático no seguinte ponto de vista:  "O que importa mesmo é que cada um encontre um passatempo, uma paixão."

    Dito isto, fica fácil que entender que o autor defende ambos os pontos de vistas, seja de quem é mais ambicioso, seja de quem valoriza o mais simples. Ademais, é importante destacar, que o autor faz uma leve distinção para o lado da sabedoria: "o tempo da sabedoria, quando passamos a fazer o elogio das pequenas coisa" - Isso pode induzir ao erro.

    a)errado, Há o tempo das grandes ambições e o tempo da sabedoria, quando passamos a fazer o elogio das pequenas coisas.

    R: Do início ao fim do texto, o autor não crítica, mas diz que existe o tempo de certas coisas.

    b)errado,  o tempo da sabedoria, quando passamos a fazer o elogio das pequenas coisas(...)Há o tempo das vaidades incontroláveis e o tempo de estender a mão, cancelar inimizades, pedir perdão, deslumbrar-se com o sol caindo sobre o rio

    R: O autor diz que o existe sabedoria quando valoriza-se pequenas coisas e que existe o tempo para isso, o que inclui vislumbrar o sol. Mas ele não atribui isso a ao momento de felicidade, uma vez que, como dito anteriormente, a felicidade está associada ao passatempo e a paixão de cada um.

    c)errado, Há o tempo(...) fazer trilhas sob a lua cheia

    R: Exatamente... veja, o autor não diz que só é feliz quem faz isso ou mesmo que só é sábio... mas para ele, é importante ter o tempo das trilhas, das novas amizades de várias outras coisas... Ademais, veja que a questão não diz: o autor diz que devem ser feitas trilhas, porque isso seria um verdade atemporal, a todo momento isso seria aplicado..;

    d)errado, Há o tempo...

    R: Para tudo, há o tempo...

  • ESSA AOCP ADORA INTERPRETAÇÕES SUBJETIVAS. QUASE UMA LOTERIA.

  • Há o tempo de tomar uma para almoçar

  • O que importa mesmo é que cada um encontre um passatempo, uma paixão.

    PMES