Letra B
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO:
A Entidade deve levar em consideração o padrão de consumo dos benefícios econômicos futuros ao definir o método de depreciação que será utilizado. Este método deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no padrão de consumo previsto, o método de depreciação deve ser alterado para refletir essa mudança. Tal mudança deve ser registrada como mudança na estimativa contábil, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.
1. - Método das Cotas Constantes (Linha Reta) - consiste em se apurar uma despesa constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere.
Calcula-se a depreciação através da utilização de uma taxa de desvalorização constante sobre o bem que perde o mesmo valor anualmente, considerando-se a vida útil média do bem.
2. - Método das Unidades Produzidas - este método resulta em despesa baseada no uso ou produção esperado.
3. - Método da Soma dos Dígitos - corresponde ao resultado da fração cujo denominador é a soma dos dígitos e o numerador é o número de anos restante de vida útil do bem, em cada ano.
3.1. - Método dos Saldos Decrescentes - resulta em despesa decrescente durante a vida útil. A depreciação anual diminui à medida que a idade do bem aumenta. O valor da depreciação tende a ser maior no início, diminuindo gradualmente na medida em que o bem envelhece.
3.2. - Método dos Saldos Crescentes – é o método de depreciação inverso ao Método dos Saldos (Quotas) Decrescentes.
Analisando as alternativas, uma a uma, tem-se:
Alternativa A – INCORRETA. O método de quotas constantes considera o valor depreciável constante durante a vida útil; porém, se houver alteração no valor residual, haverá alteração no valor depreciável constante.
Alternativa B – CORRETA. O método da soma dos dígitos supõe o valor depreciável decrescente durante a vida útil do ativo, uniformizando os custos globais. Os bens, quando novos, praticamente não necessitam de manutenção. Ao se utilizar o método da soma dos dígitos, o crescimento das despesas de manutenção e reparos seria compensado pelas quotas decrescentes de depreciação, resultando em custos globais mais uniformes.
Alternativa C – INCORRETA. O método das unidades produzidas NÃO supõe o valor depreciável constante durante a vida útil do ativo em relação à produção total. Havendo variação na produção, o valor depreciável sofrerá variação, para mais ou para menos.
Alternativa D – INCORRETA. O método de soma dos dígitos é um método antiquado (trabalhoso); porém, NÃO tem seu uso proibido por lei.
Alternativa E – INCORRETA. Para fins fiscais, o método de quotas constantes NÃO é o único método aceito.
Gleyson, o método da soma dos dígitos é decrescente. A ESAF (se não me engano) inventou moda em uma prova antiga e criou o método "crescente".
Ao se aplicar esse método (soma dos dígitos), entende-se que o ativo deprecia mais no início da vida (quando os custos de manutenção são menores) e cada vez menos ao longo dela (quando os custos de manutenção são maiores) a fim de se obter um equilíbrio nas despesas reconhecidas.
A título de exemplo, imagine um veículo novo e sua manutenção planejada ao longo da vida. No mesmo exemplo, esse veículo irá sofrer maior depreciação quando sai da concessionária ou 5 anos depois, ao ser revendido?
Espero ter ajudado.