Questão 3398257

• Banca: VUNESP
• Órgão: Prefeitura da Estância Turística de Guaratinguetá
• Ano: 2019
• Provas: VUNESP - 2019 - Prefeitura da Estância Turística de Guaratinguetá - Escrituário; VUNESP - 2019 - Prefeitura da Estância Turística de Guaratinguetá - Fiscal de Posturas; VUNESP - 2019 - Prefeitura da Estância Turística de Guaratinguetá - Professor Monitor de Creche; VUNESP - 2019 - Prefeitura da Estância Turística de Guaratinguetá - Secretário de Escola
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos; Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o texto para responder à questão.

Computadores contra a leitura

    Crianças pequenas devem ter acesso a tablets? É preciso controlar as horas de exposição de adolescentes a jogos de computador? Se você está confuso com essas questões, tem bons motivos. Cientistas que estudam como o cérebro lida com meios digitais também estão. Acaba de sair no Brasil “O Cérebro no Mundo Digital”, em que a neurocientista especializada em leitura Maryanne Wolf tenta ao menos mapear o terreno em que pisamos.

    Para Wolf, existem motivos para preocupação, ainda que não para pessimismo. Embora seja cedo para qualquer conclusão definitiva, as evidências até aqui colhidas sugerem que a proliferação dos meios digitais pode ter impactos sobre a formação do cérebro leitor.

    A preocupação maior, diz Wolf, é com a leitura profunda – uma leitura razoavelmente detida, na qual compreendemos não apenas as palavras como extraímos o sentido geral delas e experimentamos as emoções que elas evocam. Crianças e mesmo adultos que leem em um dispositivo digital apresentam menores taxas de compreensão e retenção do texto do que quando o leem em versão impressa.

    Uma hipótese para explicar o fenômeno é que os computadores, ao proporcionar uma grande variedade de coisas interessantes, que fazem com que a atenção das pessoas pule a todo instante de um item para o próximo, habituam-nos a operar com um nível de concentração alterado. Quando não estamos sendo submetidos a uma montanha-russa de estímulos, sentimo-nos entediados.

    A sugestão de Wolf é que tentemos desenvolver uma espécie de bilinguismo literário. Precisamos ser capazes de exercer tanto a leitura rápida cobrada pelos meios digitais como, quando for o caso, a leitura profunda, exigida para pensar direito e fruir de tudo aquilo que um bom texto oferece.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br. 23.06.2019. Adaptado)

Conforme as informações dos dois primeiros parágrafos do texto,

• A. o uso de tablets por crianças deve ser controlado até que cientistas determinem se a exposição prolongada a esses dispositivos é prejudicial.
• B. a confusão quanto a possíveis danos às crianças pela exposição prolongada às mídias digitais justifica-se pela falta de estudos científicos sobre o tema.
• C. o resultado de estudos da neurociência especializada afasta a possibilidade de consequências ao cérebro da exposição prolongada a dispositivos digitais.
• D. cientistas que estudam os efeitos das mídias digitais para o cérebro divergem das conclusões apresentadas pela neurocientista especializada em leitura.
• E. dados de um estudo da neurociência especializada apontam para a expansão dos dispositivos digitais como prejudicial à formação do cérebro leitor.

Gabarito: E

Comentários

• ✅ Gabarito: E

  ✓ Segundo o texto, no 2º parágrafo:

  ➥ Para Wolf, existem motivos para preocupação, ainda que não para pessimismo. Embora seja cedo para qualquer conclusão definitiva, as evidências até aqui colhidas sugerem que a proliferação dos meios digitais pode ter impactos sobre a formação do cérebro leitor.

  ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

• Esta é uma questão de interpretação textual. O texto aborda os possíveis impactos que o uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode ter na capacidade de leitura e concentração.
  
  A) o uso de tablets por crianças deve ser controlado até que cientistas determinem se a exposição prolongada a esses dispositivos é prejudicial.
  Incorreto, no segundo parágrafo, o autor comenta que é muito cedo para qualquer conclusão definitiva como, por exemplo, a retirada de tablets das crianças.
  
  B) a confusão quanto a possíveis danos às crianças pela exposição prolongada às mídias digitais justifica-se pela falta de estudos científicos sobre o tema. 
  Incorreto, segundo o texto, há evidências que sugerem possíveis danos à formação do cérebro leitor. 
  
  C) o resultado de estudos da neurociência especializada afasta a possibilidade de consequências ao cérebro da exposição prolongada a dispositivos digitais.
  Incorreto, apesar de não ter resultados definitivos, as pesquisas feitas já indiciam alguns impactos no desenvolvimento do cérebro leitor.
  
  D) cientistas que estudam os efeitos das mídias digitais para o cérebro divergem das conclusões apresentadas pela neurocientista especializada em leitura. 
  Incorreto, a neurocientista citada é mencionada como uma representante desse grupo de cientistas.
  
  E) dados de um estudo da neurociência especializada apontam para a expansão dos dispositivos digitais como prejudicial à formação do cérebro leitor.
  Correto, como indicado no final do segundo parágrafo, os resultados apontam possíveis impactos no desenvolvimento da capacidade leitora.
  
  Gabarito da Professora: Letra E.

• Onde no texto diz que os impactos serão negativos ou "prejudiciais"?

• Na verdade, o texto fala em mudança na formação, não necessariamente negativa. Entretanto, em prova de concurso, a gente deve ir também pela menos errada

• "Acaba de sair no Brasil “O Cérebro no Mundo Digital”, em que a neurocientista especializada em leitura Maryanne Wolf tenta ao menos mapear o terreno em que pisamos.

  Para Wolf, existem motivos para preocupação, ainda que não para pessimismo."